31.12.13

Os votos

Apresento as BOAS-VINDAS ao novo ano de 2014.

Faço VOTOS para todos tenhamos a capacidade de viver com DIGNIDADE um dia de cada vez.

Desejo que todos tenhamos a possiblidade de contribuir para a solidariedade entre todos.

Gostaria muito que todos tivéssemos iguais oportunidades para usufruir da vida conforme as necessidades de cada um.

Espero que a esperança seja sempre a estrela orientadora da nossa vida.

BOM ANO DE 2014 PARA TODOS !

19.12.13

A unanimidade

Aí está e para que não haja dúvidas por parte de alguém mal intencionado foi por unanimidade.
Agora o Pedro, o Paulo e o Hélder estarão a pensar que talvez não tivesse valido a pena toda a trabalheira de elaborar, estudar e aprovar uma lei sobre a qual só os governantes pensavam que era possível ofender de tal maneira o primado da confiança e colocar-se ao lado do ódio e da fúria contra os aposentados da caixa geral de aposentações, como se de párias se tratasse.
Parece que o Hélder já foi, faltando agora o Pedro e o Paulo apresentarem o seu pedido de desculpas aos aposentados da administração pública, meterem a viola no saco e pensarem que já basta de sacanices para com estes cidadãos que também merecem o respeito dos governantes.
Agora o Pedro e o Paulo terão que encontrar uma solução que não seja mais uma teimosia orientada exclusivamente contra os funcionários ou contra os aposentados da administração pública, sendo que deverá ser justa, equitativa e universal para que haja o mínimo de moral nas acções e decisões dos governantes.
Mesmo que se estejam a morder de fúria por os juízes do tribunal constitucional terem feito gato sapato das pressões de responsáveis europeus, da troika, dos governantes portugueses e de mais uns quantos que vivem sob o manto diáfano dos favores governamentais o Pedro e o Paulo terão que aguentar, dar o braço a torcer e aumentar mais uma vez os impostos para todos aqueles que pagam impostos.
Governar não é para toda a gente e nem toda a gente tem jeito para governar, mas toda a gente tem obrigação de reconhecer quando faz asneira, bastando para tal que se tenha um pouco de ética e consciência, virtudes indispensáveis para assumir responsabilidades de governação de um  País, por mais miserável que seja...
Graças aos deuses que ainda temos Tribunal Constitucional!!!


18.12.13

A absolvição

Começa o nervosismo a imperar nas mentes dos nossos comentaristas, jornalistas, políticos e governantes por causa da aproximação do julgamento do tribunal constitucional  sobre a lei da dita convergência das pensões.
Por acaso até gosto do nome, porque tornando-se "convergência" poderia pensar-se que estamos a convergir para um ponto no futuro ou no alto e não como se prevê ser esta convergência, como um "modus operandi" de um governo que não sabe governar, que não tem competência para governar e que só o faz a poder de poder e de cacetada em quem não tem capacidade para se defender.
Para mim independentemente do julgamento do tribunal constitucional sobre a convergência das pensões, estou certo que quem  sai a perder sou eu e muitos mais aposentados da administração pública, sobre os quais tem recaído a ira destes governantes.
Já estou convencido que os governantes estão convencidos que a dignidade, a honra e a ética, são conceitos que só se aplicam aos outros e nunca a quem tem a competência de exercer o poder.
Mesmo que se trate de aldrabice, de vilanagem, de expurgo, de roubo, de apropriação indevida de bens alheios, mesmo que de forma legal, já pouco me importa qual seja a decisão do tribunal constitucional, porque, à partida tenho perfeita consciência que se não for roubado de uma maneira serei de outra, tendo sempre presente que a convergência vem repor a igualdade entre os reformados mesmo que a sua situação seja bastante diferente.
Para estes governantes, a maioria dos quais nunca soube o que é ter uma carreira profissional e contributiva para os diversos sistemas de segurança social, para estes governantes que nunca tiveram que dar ao dedo e puxar pela cabeça para fazer uma carreira profissional à base da subida de dezenas de degraus, com todas as influência políticas e partidárias, para estes governantes que receberam o poder com o cu virado para a lua, quando vendiam e emprestavam dinheiro dias após a sua saída do liceu ou da universidade, para estes governantes que têm o rei na barriga e o farelo na cabeça, para estes governantes para quem a  vida sempre foi um mar de rosas e de euros fáceis de ganhar, a convergência é uma forma de repor a justiça e a igualdade entre os reformados e os aposentados.
Nem sequer se dignam pensar que o dinheiro que agora tentam roubar aos aposentados ou desviar das suas carteiras ou contas bancárias é o dinheiro de cada um dos aposentados e não dos governantes, do governo e nem sequer do estado, pois todos estes apenas se poderão considerar gestores de um bem que não é de sua propriedade, mas que tem proprietário, que são todos os aposentados.
Ponham a mão na cabeça, pois não é possível pô-la na consciência por já não a terem, e pensem que  não têm o direito de apropriação da propriedade privada e se quiserem ter a veleidade de a gerir, que o façam com ciência e com sabedoria e não com a incapacidade já demonstrada para a solução dos problemas da coisa pública.
Assumam de uma vez para sempre que têm o poder de aumentar impostos, mas não têm o poder de se apropriarem dos bens dos aposentados, conquistados ao longo de uma vida de trabalho e de descontos conforme acordado e combinado.
De qualquer maneira eu já sei que vou pagar o que os senhores querem que pague, mas que ao menos pague de uma forma legal através de impostos e não através de uma fórmula que eu sempre verei como um roubo, mesmo que efectuado a coberto da lei.
Um roubo será sempre um roubo, mesmo que o gatuno seja absolvido. 

17.12.13

As contas

Considerei muito interessante uma carta de uma aposentada dirigida ao Pedro e de que tive conhecimento através do correio electrónico, a propósito das pensões da administração pública, dizendo qualquer coisa como o que se segue:
Oh Pedro, se continuas a pensar que os reformados e os aposentados são uma carga para o estado com graves prejuízos para o orçamento, venho dizer-te que tens um processo que te alivia desta preocupação e retira ao estado qualquer dever e obrigação para com os reformados e aposentados em geral e para mim em particular.
Manda fazer as contas ao dinheiro que os meus descontos e os descontos da minha entidade patronal colocaram à guarda do estado durante toda a minha carreira contributiva; soma-lhe as correcções monetárias e a inflação, acrescenta-lhe os juros, desconta o que já me pagaram e manda depositar tudo na minha conta bancária e livra-te de mim e dos meus problemas e dos problemas que eu causo ao orçamento de estado.
Feito este depósito podes continuar a aplicar as taxas de impostos devidos a todos os cidadãos e garanto-te que não pedirei nada mais ao estado, que não seja ser tratado como um qualquer cidadão cumpridor das suas obrigações e merecedor de todos os seus direitos.
Contudo, não te esqueças de deixar de descontar a minha contribuição para o subsistema de saúde da administração pública, porque o seu montante mensal que fica à tua guarda é manifestamente suficiente para um seguro de saúde numa qualquer instituição privada e especializada na matéria.
Esta solução será do teu inteiro agrado e para mim é muito mais conveniente porque fico com a certeza que a gestão dos meus bens assegurada por mim e não por ti tem muito mais garantia do que a actual, pois pode de um momento para outro vir a ser confiscada ou pelo menos diminuída no seu valor.
Por outro lado, deixarias de passar o tempo a fazer queixinhas e desculpas por causa dos encargos suportados pelo estado no pagamento das pensões e das aposentações.
Por isso, Pedro, é que eu não concordo com o teu projecto de abocanhar dez por cento das pensões pagas aos aposentadas da administração pública com o argumento da convergência, para além do que já abocanhaste com o argumento da solidariedade, mas nunca foste capaz de assumir que a tua política pretende apenas e tão só colocar uma albarda nos aposentados da administração pública, fugindo cobardemente à verdade e justificando todas as mentiras em que já te envolveste sem qualquer tipo de vergonha .
Fico então à espera que tu, do alto do teu pedestal, ordenes a um "funcionariozito", daqueles que se chateiam tanto, e não a um dos teus muitos assessores, que faça as contas e despaches sem mais delongas para que o total seja depositado na minha conta bancária, prometendo-te que nunca mais irei a uma manifestação de aposentados, que vão abundando por aí. 

16.12.13

Foi a décima

E na terceira a aprovação foi obtida: o bom aluno teve um brilhante comportamento, obedecendo em tudo e executando tudo o que lhe foi ordenado e imposto, sem olhar a meios e a processos para levar a cabo as suas tarefas há muito determinadas pelos seus senhores, a quem devem respeito e reverência como se de patrões se tratasse.
E é disso mesmo que se trata, porque os seus senhores, para além de professores, são também os seus mandantes , sem possibilidade de contestação.
Não estivemos presentes no exame e verificação das provas, mas a respeitabilidade das análises e avaliações anteriores leva-nos a pensar e a acreditar que tudo foi feito com dignidade e com lisura, em obediência cega aos critérios estabelecidos anteriormente.
Nem nós temos qualquer tipo de possibilidade nem de oportunidade em duvidar de que tudo se passou dentro dos conformes, tanto mais que, segundo o que rezam os últimos números apresentados, só os salários da maioria dos trabalhadores e as pensões dos reformados e  dos aposentados não beneficiaram de quaisquer aumentos.
De resto, tudo melhorou aos olhos dos números conhecidos e até a recessão já lá vai como se nunca tivesse acontecido.
Amanhã tudo correrá no melhor dos mundos e estaremos perante um País que cresce a olhos vistos, embora seja só num sentido, isto é , da base para o topo, como se torna necessário e imprescindível e conveniente para que haja alguém que saiba gerir o capital e até a própria vida dos que servem os seus senhores.
Bem vistas as coisas, isto até nem está a correr mal: quem paga impostos, continua a pagar impostos; quem vive mal continua a viver mal; quem tem fome continua a ter fome, mas quem trabalha e quem vive da sua reforma ou pensão deve sentir a devida preocupação, porque as coisas podem mudar para pior, uma vez que não se vislumbra que o actual crescimento da economia sirva para alguma coisa que não seja para beneficiar o capital.
Mas tenhamos esperança, porque ainda virão uns dias piores do que estes aos quais se seguirão lá para os fins de dois mil catorze e durante o ano de dois mil e quinze algumas coisas boas, dado o acto eleitoral.
Tenhamos esperança, porque os dias de sofrimento e de tristeza pelas desgraças que nos impuseram estão com o fim à vista, pelo menos durante um período de tempo de curta duração, quando chegarmos à conclusão que as despesas do estado não param de aumentar e as acções para as diminuir não têm qualquer eficácia.
Tenhamos esperança, porque virão os dias em que os deputados vão chegar à conclusão que o Parlamento tem gente a mais, que os benefícios recebidos não são merecidos, que os assessores de ministros, de secretários de estado e quejandos, de grupos parlamentares e não sei de quantas coisas mais são em número altamente exagerado e que não são precisos tantos secretários e motoristas para que a democracia possa viver.
Tenhamos esperança, porque muitos subsídios de residência dados a muitas personalidades da estrutura do estado serão cortados, porque dados fora do contexto e cujo significado não encontra qualquer justificação.
Tenhamos esperança, porque muito brevemente veremos muita gente a abdicar dos carros de serviço, a entregar os telemóveis ou a gastar apenas a quantia gasta ao serviço do serviço público e não noutras coisas sem relevância ou utilidade públicas.
Mas não exageremos na esperança, porque tudo isto pode ser apenas uma aspiração e um sonho, muito longe da vida real...

6.12.13

O sorteio

Voltemos  à nossa apagada e vil tristeza, irmã pobre da mesquinhez que fazem dos portugueses uns seres esquisitos muito próximos da perda de confiança nas suas próprias capacidades.
Mas não nos deram tempo de entrarmos de novo na miséria das nossas vidas de tal modo que a décima visita da troika passa despercebida de todo o pessoal.
Estamos lançados para acompanhar os choros e as lamentações pela perda de um dos poucos governantes sérios dos últimos cinquenta anos e não nos damos conta que andam por aí uns sujeitos sem categoria a passar a pente fino o trabalho de outros de igual cariz, com o provável objetivo de lixar um pouco mais quem e só quem não tem qualquer culpa de tudo o que se está a passar nesta terra em matéria de economia, de finanças, de impostos, de esbulhos, de aldrabices e por aí fora que nem uma ladainha a todos os santos vivos e mortos.
A favorecer e a fazer esquecer o que nos está a acontecer e o que aqui estão a fazer uns craques representantes dos nossos credores ao serviço dos mercados (?) tivemos hoje e vamos continuar a ter por mais uns dias aquele fabuloso sorteio do campeonato do mundo de futebol que se vai realizar no Brasil lá para os meados do próximo ano.
Vamos ter muitos motivos de conversa para entreter o pessoal e fazer esquecer durante duas semanas as nossas misérias miseráveis dando ocupação a todo o tipo de comentadores, de especialistas, de assessores, de governantes, de jornalistas e mais não sei o quê, sendo que uns o serão da política e outros do desporto, mas todos falando bem como se estivessem conscientes e convictos da verdade universal, e não apenas de mais opinião de entre muitas que já ouvimos e mais ainda aquelas que vamos ouvir nos próximos dias.
Entretanto, a décima avaliação da troika vai acabar, o défice das contas públicas vai continuar a mesma, alto como sempre, a dívida vai aumentar um pouco, apesar da privatização dos correios, os juros vão manter-se altos, embora se verifique uma ligeira diminuição dado o aumento da credibilidade do governo português e da anuência ou concordância dos nossos credores e dos omnipotentes mercados financeiros que dominam o mundo.
Espero bem que o juízes da rua da escola politécnica não estraguem a festa...

5.12.13

O GIGANTE

Se houvesse por aí mais uma dúzia de homens como este que hoje nos deixou o nosso mundo seria diferente e melhor para milhões de seres humanos que só esperam da um pouco de paz, de tranquilidade e de um mínimo de qualidade de vida.
Foi um lutador pelo dignidade do seu povo, conseguiu guindar-se ao lugar mais alto a que um ser humano pode subir, foi respeitado por todos independentemente da cor da sua pele e demonstrou ao mundo inteiro que vale a pena pugnar pela dignificação do ser humano.
Muitos chorarão a morte deste gigante da Humanidade, outros lamentarão profundamente que a vida o tenha levado para o descanso eterno, mas todos se lembrarão durante muitos e muitos anos que há por aí gente que merece o nosso respeito e a nossa reverência por tudo o que fizeram ao serviço dos seus iguais.
Vamos continuar a lamentar a falta que nos faz termos homens e mulheres desta envergadura para equilibrar as forças do bem e do mal e para afirmar e reafirmar que não é impossível haver paz entre os homens, desde que alguém tenha sempre no seu olhar os horizontes que tornam os Povos dignos uns dos outros sem exploração e sem escravatura com respeito total e integral pelos valores universais da Humanidade.
O que eu lamento profundamente é que na hora de muitos chorarem a morte de Nelson Mandela haja outros que, impávidos e serenos, continuarão a achincalhar a nossa dignidade e a fazer da nossa vida a tragédia que não merecemos. 

   

4.12.13

As devidas soluções

Já não me restam quaisquer dúvidas: um determinado problema tem uma determinada solução apresentada por um determinado inteligente e não por um qualquer entendido, por mais que o seja.
Se isto não fosse assim, teríamos certamente uma solução para os problemas da crise apresentada por gente entendida na matéria e com credenciais e não palpites dados por todos aqueles que se divertiram a vender seguros malucos a quem pensava que estava a enganar o padreca.
Se isto não fosse assim já teríamos o desenvolvimento instalado, a economia a crescer decentemente, o emprego a diminuir a olhos vistos, o défice a desaparecer, a dívida consolidada, os juros a baixar, e os craques a levarem a sério a dignidade dos portugueses.
Houve quem pensasse que estes inteligentes, há pouco saídos da universidade, com empregos  que nunca mereceram pelo seu trabalho e pelos seus conhecimentos, estavam dotados de todos os conhecimentos e competências para exercerem com respeito as funções para que foram nomeados de governar e representar a Nação.
Todos nos enganamos alguma vez e isto aconteceu na pior altura quando alguém se lembrou entregar o poder de governar a uma cambada de oportunistas que souberam o que seria ter nas mãos o poder de uma decisão que podia influenciar e determinar o presente e o futuro de milhares de portugueses. 
Ainda se podia dar uma desculpa se essa gente apresentasse o mínimo de humildade para aprender e a reconhecer que vender seguros aldrabados não era a mesma coisa que governar um país, tanto mais que que se encontrava na bancarrota.
Mas nunca se poderá pedir ao espelho que nos devolva uma outra imagem diferente daquela que tem na frente, pelo que quem andava habituado a vender lixo e porcaria ou a cumprir os ditames de uma qualquer capitalista só podia mostrar rancor contra os pobres que se deixavam enganar de todas as maneiras.
Agora podiam continuar a sua missão, mas dentro do problema que criaram, apresentando os seus palpites e dando as soluções que mais interessavam aos seus patrões que teriam a devida oportunidade de os recompensar.
Por isso parece estarmos nas mãos de uns senhores inteligentes que respiram ódio e desprezo pela coisa pública e por todos os seus agentes, independentemente dos seus estatutos pessoais e profissionais, pouco interessando as consequências dos seus actos e decisões, desde que não esteja em causa o poder do capital.
Tentei por todas as maneiras, feitios e processos encontrar uma solução para os problemas da publicação de postagens a partir do processador de texto, tendo inclusivamente alterado caixas de correio, eliminando umas e criando outras, desinstalado e instalado aplicações, eliminado contas e criado contas e tudo redundou num verdadeiro e real fracasso.
Aprendi agora que não vale a pena tentarmos encontrar uma solução pelos nossos próprios meios e conhecimentos se nos falta a base para atingir os nossos objetivos e assumindo que alguém estará disponível para encontrar as soluções adequadas bastando para tal assegurar o seu concurso.
O mesmo aconteceria ao País se a gestão da crise, do défice e da dívida pública não tivesse sido entregue a este grupelho de especialistas que ainda há meia dúzia de anos andava a beber shots no bairro alto...