Os meios de informação áudio e audiovisuais estão a cometer um monumental erro de análise da política portuguesa dos últimos dias: foram chamados todos os comentadores, todos os analistas, todos os especialistas, todos os políticos e mais uns quantos indivíduos mal identificados para dizerem da sua justiça sobre o que nos está a acontecer.
Não houve gato-pingado que não fosse chamado a explicar o que aconteceu, por que é que aconteceu, o que vai acontecer, quais foram as causas, quais são os efeitos, quais serão as consequências, se isto, se aquilo, se o presidente, se o primeiro, se o segundo, se o terceiro e se o último já disseram a sua última palavra.
Toda a minha gente teve oportunidade de mandar as suas bocas mais ou menos esperadas e segundo a lógica da situação, poucos se atrevendo a afirmar que esta coisa vai continuar na mesma como se a crise já estivesse a passar.
De muitos ouvi palavras sensatas e cordatas e o que é de mais interessante é que apenas dois, isto é, dois importantes políticos altamente responsáveis por tudo o que nos está a acontecer, continuam a sacudir a água do capote, convencidos que o importante não está nas suas mãos: um a afirmar que não é nada com ele e que não lhe podem pedir que faça o que é obrigação fazer dos outros e o outro a afirmar que não abandona o seu PAÍS, recordando-nos aqueles outros que assim o fizeram.
Não haverá muitos portugueses que estejam plenamente conscientes e cientes do que nos aconteceu e do que nos vai acontecer nos próximos tempos: por mim reconheço que não entendo o comportamento desta cambada toda, independentemente de pensar que já deveriam ter sido corridos à porrada por feias e más ações praticadas contra os portugueses.
O que é que passou pela cabeça desta gente para deixar que estas coisas pudessem ocorrer mesmo que se trate de um País com uma população que ainda tem capacidade para aguentar tantos desvarios?
O que passou pela cabeça desta gente a quem faltou o mais elementar bom senso para se deixar enredar numa teia de tamanha envergadura que torna impossível reverter a situação?
Que é feito do sentido de responsabilidade para que estes homens a quem foi dado o poder de governar um POVO nobre digno se estejam a comportar como miúdos do pré-escolar para os quais o seu berlinde é mais redondo que o dos outros?
Que dizer daquela tomada de posse de uma ministra e de cinco (quatro?) secretários de estado, devidamente empossados pelo presidente da república quando já se sabia que outro ministro apresentara a sua demissão?
Na verdade, só pode ser entendida como uma palhaçada…
Para tentar evitar tal monumental erro de análise, os meios de informação áudio e audiovisuais deveriam ter convidado os psicólogos e os psiquiatras e colocar de prevenção o Miguel Bombarda e o Júlio de Matos…
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