Parece que o Governo se prepara para não gastar, isto é, para poupar um punhado de milhões de euros pela supressão de um bom punhado de directores-gerais.
Parecendo ser uma boa poupança, todos nos perguntamos o que vai acontecer aos tais directores-gerais: se deixam de ser directores-gerais, se passam à situação de reforma ou se voltam à sua situação profissional anterior.
Para quem está longe de entender o que se passa na Administração Pública poderá pensar que estes senhores não são precisos, pelo que os seus lugares estavam ocupados por interesses ocultos e sem qualquer justificação.
Admitindo que este juízo esteja errado e seja injusto para os tais directores-gerais, a medida do Governo levanta outros problemas. Então o que acontece aos chefes de divisão? Então o que acontece aos directores de serviços e, eventualmente, aos directores de departamento? Fica tudo na mesma? Não há mudanças? Não há poupanças? E todos os trabalhadores destas tais direcções gerais? Cá o pessoal do burgo gostaria de ser informado sobre essa matéria.
Causou espanto a muita gente uma afirmação do Ministro das Finanças: no primeiro semestre do corrente gastou-se menos dinheiro com os trabalhadores (empregados?) da administração pública, apesar da admissão de mais de dez mil novos funcionários.
Só os incautos e aqueles que fazem barulho por sistema, por vocação e por obrigação é que não entendem mais esta poupança, parecendo que a mais funcionários mais dinheiro gasto.
Pois! Basta pensar que entrou gente nova para o início das respectivas carreiras e saiu gente velha no topo dessas ditas carreiras, com a grande vantagem de ser gente com vontade de trabalhar e não pessoal à espera de reforma.
Sempre disse e sempre afirmei: se fosse Ministro das Finanças não haveria trabalhador da administração à espera de reforma…
Não se poupava só nos salários: então as comunicações, então o papel, então as fotocópias, então a internet, então as esferográficas, então o papel higiénico ????????
Sem ofensa para ninguém…A minha carreira contributiva durou trinta e nove anos e mais uns quantos meses.
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