Sou um adepto fervoroso da navegação na tv: tenho o poder total à mão usando e abusando da capacidade de manipular o telecomando por puro prazer de usar a minha liberdade de escolha.
Não é que esta escolha seja totalmente livre; o que acontece é que sou “forçado” a procurar outras ondas, porque já não suporto ouvir e ver determinadas coisas pelo nojo e pelo asco que me causam…
Tudo o que seja programa de notícias, programa de análise política, programa de análise económica, programa de opinião e outros mais ou menos do mesmo género não ocupam muito tempo da minha atenção.
Paro onde não me sinta ofendido pelo que se vê o pelo que se ouve: nem mais!!!
Às vezes demoro mais uns minutos até me aperceber do que se está a passar e entender os caminhos ali trilhados e constatar tratar-se de intelectualismo do mais fino recorte ou do mais anacrónico estadio da evolução política e até da luta pela afirmação de uma identidade que não existe.
Ontem, tive a oportunidade de parar cerca de quinze minutos num programa da 2 que dá pelo nome de “Clube de Jornalistas”.
Dissertavam três jornalistas (?) e um militar sobre o actual conflito do médio oriente. Não havia dúvidas de espécie alguma: os culpados de tudo o que acontece no médio oriente foram os judeus, são os judeus e serão os judeus, tão só porque estão a ocupar uma terra que não é deles e que é dos outros.
Estes outros, claro, são os palestinianos, são os árabes, são os…
Com estes intervenientes não havia discussão possível sobre os acontecimentos do médio oriente: todos olhavam para o mesmo lado…
Para mim é igual: as bombas dos judeus são assassinas, as bombas dos árabes são assassinas.
Não sabia que a 2 tinha confissão…
Já agora que nos preste uma simples informação: quem manda no Líbano?
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