Até há bem pouco tempo os postos de trabalho eram ocupados por "trabalhadores", mas agora são os "colaboradores" que fazem tudo e mais alguma coisa nas empresas e em todas as instituições públicas e privadas.
Assim já não temos trabalhadores, pelo que já ninguém liga às greves que são feita spelos trabalhadores e constituem um dos seus direitos mais antigos e que foi o mais difícil de conquistar.
Apesar disso, as greves fazem parte do dia a dia dos trabalhadores e dos consumidores sem que daí venha mal ao mundo, a não ser para quem perde o salário e para quem se vê privado de um serviço, muitas vezes já pago.
O caso muda de figura quando se trata de uma greve feita por gente importante e de uma empresa pública em vias de privatização.
Neste caso, lá aparecem as declarações de membros do governo quase sempre no sentido da crítica e da depreciação dos números envolvidos com especiais referências aos prejuízos para o país, principalmente devido à grave situação em que se encontra.
A não ser os directamente prejudicados, ninguém notou a greve dos trabalhadores da saúde, a greve dos trabalhadores da camac, a greve dos trablhadores do metro de lisboa e outras, bem como a manifestação de trabalhadores da emef a propósito da inauguração do museu ferroviário no entroncamento.
Mas aqui houve uma pequena excepção: sua excelência o secretário de estado dos transportes botou faladura realçando o direito dos trabalhadores em se manifestarem na defesa dos seus direitos e da sua carreira profissional, embora não houvesse qualquer fundamento para o efeito.
De facto e embora a privatização, o governo já garantiu que a referida empresa pública, quando privatizada, já tem a garantia do governo para um contrato de prestação de serviços por parte da cp durante pelo menos dez anos.
Nestas circunstâncias a garantia dos postos de trabaalho era uma realidade pelo que a manifestação não tem razão de ser.
Gosto disto: a empresa pública vai ser privatizada, mas o governo, através doutra empresa pública, vai garantir o trabalho aos trabalhadores e à nova empresa saída da priovatização, prestando os mesmos serviços à mesma empresa pública, aliás a única cliente possível existente cá na terrinha.
Se isto não é um contrato igual aos celebrados com empresas privadas para as cpp, digam-me lá quais serão as diferenças.
Mas eu digo: aqueles foram celebrados pelo malandro do sócrates e estes têm a assinatura dos salvadores da pátria…
Esta terra é de outra galáxia…
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