18.3.08

Prosecontras

Estava eu com o vista do Bill, quando me chamaram a atenção para os prósecontras, onde pontificavam uns quantos trutas do nosso mundo empresarial.

Estive por ali durante umas dezenas de minutos contra o que me é habitual, mas resolvi deixar de ouvir a senhora que manda naquilo e ouvir apenas os tais trutas do primeiro parágrafo.

Não querem lá saber que a coisa parece que está a entrar nos eixos e aquele pessoal não dizia uma palavra contra as políticas, programas, opções e mais não sei o quê porque finalmente…

Gostei de ouvir, não tanto por dizerem "bem", mas principalmente pelo que disseram e teriam dito se a senhora não tivesse a mania de encher o teatro de gente importante e depois não os deixar falar…

Duas notas retirei daqueles minutos que ocupei a ouvir os trutas da economia nacional.

A primeira está relacionada com a pessoa do MP que não merecia uma palavra de simpatia por parte da grande maioria de jornalistas aquando da sua nomeação para Ministro da Economia e era objecto de comentários pouco agradáveis para uma pessoa que era altamente considerado lá pelas estranjas juntamente como uma meia dúzia de economistas, mas aqui na sua terra não valia um cêntimo furado. Agora… é o que se vê. O respeitinho é muito bonito…

A segunda nota vai para o contexto do programa e está relacionada com a localização do novo aeroporto internacional de Lisboa, pois ouviu-se ali falar dos grandes projectos que estão a ser implementados no Alentejo, em Tróia e na Península de Setúbal… turismo, indústria, serviços, cidade aeroportuária, plataforma logística e mais não sei quantas coisas de altíssima qualidade, que vão ser a delícia dos portugueses e dos estrangeiros, dos trabalhadores e dos capitalistas, dos empregados e dos empresários e de todos aqueles que, de boa-fé, ainda continuam a acreditar que esta terra não é inferior às outras…

Cabe perguntar agora pelos motivos que estavam a apontar o novo aeroporto internacional de Lisboa ali para os lados da Ota, quando o futuro está no Alentejo, mesmo sem petróleo…, mas com Alqueva…

Cá por mim não tem nada a ver com os custos, mas com as oportunidades, pois o pessoal quer chegar rapidamente ao seu destino e nada melhor que ter os hotéis, os casinos, os campos de golfes e uma quantidade enorme de serviços à saída do avião.

A factura pouco vai importar, mas estou convencido que não vai ser menor da que estava prevista para a Ota. No fim, quando alguém fizer as contas aos custos do aeroporto, das pontes, do TGV, da mudança do campo de tiro, da desactivação da base do Montijo, etc, a factura ainda vai ser maior.

Nessa altura tudo estará feito, pelo que as lamentações não vão ter significado, tanto mais que já haverá avaliações para todos os professores e o novo mapa judiciário já estará totalmente implantado no terreno e a funcionar com normalidade, pois nessa altura a grande maioria dos actuais professores e juízes já estarão a gozar a merecida reforma.


 


 

 

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