Acabou a marcha da indignação e todos regressaram a casa felizes e contentes depois da grande passeata.
Tomámos conhecimento dessa grandiosa marcha da indignação que trouxe a Lisboa cem mil professores (?) (não havia ninguém que não o fosse…) e agora muito gostaríamos de saber o que se segue quanto à magna questão da avaliação dos ditos, dado que os lenços brancos não surtiram o seu efeito.
A Ministra não se foi embora, o Primeiro não disse que a avaliação ia acabar, antes reforçou a ideia que a coisa vai continuar e nós continuamos na mesma: ficamos sem saber se vai haver avaliação ou se não vai haver avaliação.
De qualquer maneira, a coisa está preta: aquilo que os professores queriam não chegou e chegou aquilo que os professores não queriam.
Entraram num beco sem saída e agora vamos ver como vai ser, pois deveriam ter reparado na linguagem utilizada pela Ministra: vamos continuar a trabalhador com as escolas e com os professores…
Não disse que vamos continuar a trabalhar com os sindicatos…
Pois é!
O problema está mesmo aqui: os dirigentes sindicais deram-se conta que deixaram de mandar no Ministério da Educação e deram o grito da indignação, que se manifestou na revolta contra o processo de avaliação.
Nós ficámos a saber que a manutenção da Ministra não era uma grande questão para os professores, desde que a senhora desse o braço a torcer e entregasse o processo ao professores, isto é, aos dirigentes sindicais. Mas tudo foi por água abaixo. Lá terão que "gramar" este sistema de avaliação e mesmo assim, parece, que mais favorável que o dos outros funcionários públicos, como se nós não soubéssemos também que os vencimentos e as reformas dos ditos são bem mais elevadas que os e as dos seus pares em termos de patrão…
Se houver dúvidas disto, que a CGA publique as reformas dos professores para que os servos da gleba fiquem a saber um pouco mais do que já sabem.
Ontem, domingo, e hoje, segunda-feira, já tivemos alguma informação do que se segue: se mexerem no código do trabalho levam com uma marcha de indignação ainda maior do que a de sábado; na televisão pública, hoje, discutia-se o magno problema da sociedade portuguesa com o qual todos estamos preocupadíssimos: rei ou presidente?
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