Não dediquei a Torres Vedras o tempo suficiente para poder fazer um julgamento, isto é, uma apreciação minimamente correcta e coerente sobre tão importante acontecimento que ali decorreu durante o fim-de-semana passado.
A minha opinião não é importante e tampouco se reveste de qualquer interesse que justificasse uma observação mais atenta às intervenções de algumas pessoas, quer participantes quer observadores quer ainda críticos amadores e profissionais, para além de jornalistas de microfone ou de opiniões sensatas e cordatas.
Mas deu para ouvir, em determinada altura que"… em mim ninguém manda…" pelo que ali se deu como terminada uma daquelas entrevistas, onde o que brilha é o microfone e as perguntas feitas…
Dado que sou leigo nestas coisas da contradição, dei por mim a pensar que tal afirmação podia significar um profundo acto de afirmação doutrinária do mais Anarquismo militante, podia dar a entender que não havia qualquer tipo de compromisso ligado a uma hierarquia de postos ou de valores, e ainda que os pontos cardeais, tais como norte, sul, este, oeste, isto é, em frente atrás, à esquerda ou à direita não podia ser estabelecida qualquer relação de causa e efeito, tão só, porque o lugar ou a sua circunstância estavam para além dos horizontes…
Estando convencido que não se tratava de puro Anarquismo militante, onde a responsabilidade de cada um é total e absoluta, admitindo que ali existe uma hierarquia por se tratar de uma organização social, então tenho que aceitar que "… eu sou o único a beijar o sol…"
Lembrei-me que os fados e os destinos das pessoas são feitos pelas pessoas e as suas consequências não podem ser da responsabilidade nem do Primeiro nem do seu Partido.
Vou lembrar-me de Torres Vedras quando for lançada a primeira seta em direcção ao LFM e o apanhar um tanto ou quanto desprevenido, porque em Torres Vedras não tomou as devidas precauções…
Não lhe invejo nem o fado nem o destino, mesmo que o actual Primeiro não queira continuar primeiro para lá de dois mil e nove…
Nessa altura, muita gente vai lembrar-se de ter ouvir dizer bem mais do que uma vez que "…dois galos são incompatíveis como uma só capoeira…".
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