16.3.07

Remédio

Naquelas conversas malucas e quando se pretende dizer algumas coisas sérias à maneira de brincadeira, chegamos sempre à conclusão que estamos num País do “faz de conta” e que nada vai para a frente sem ser à cacetada.

 

Bem vistas as coisas, alguém anda rir-se delas e mais não faz que divertir-se à grande com esta porcaria toda, pois só assim é que não se vai à farmácia buscar qualquer droga para o stress ou, mais grave (?), para a depressão…

 

Mas de repente lembrei-me de um remédio santo para a cura do mal crónico da República, sem que seja necessário usar o cacete ou a famosa, senão saudosa, moca…

 

Então tomem nota, mas antes uma advertência: o remédio fica dado, mas não me responsabilizo por arranjar quem vai resolver o problema para depois da cura…

 

Aqui vai então: retirar da circulação, isto é, de todos os circuitos do poder, todas as sumidades que são ou já foram membros de qualquer governo desde mil novecentos e quarenta; retirar da circulação, isto é, de todos os circuitos do poder, todas as sumidades que são ou já foram vereadores e presidente de câmara; retirar da circulação todas as sumidades que são ou já foram membros de administrações de empresas públicas; suspender da circulação por um período de dez anos todos os jovens até aos trinta anos que são ou já foram deputados, membros do governo, membros de administrações de empresas públicas como resultado de pertencerem a juventudes partidárias…Aos deputados apenas lhe condicionava o acesso aos órgãos de informação, principalmente à televisão…a não ser que fossem representantes de pequenos accionistas de empresas que já foram públicas…

 

Depois disto, fazia eleições e começava uma nova era…

 

Que mal fiz eu à SOCIEDADE para ter que gramar com esta gente às horas mais incríveis?

 

Será que não mereço, ao fim de tantos anos de trabalho e de ouvir quase que por obrigação uivos das mais diversas tonalidades, será que não mereço um pouco de descanso?

 

Por alguma razão a minha ocupação mais séria e serena é ver telenovelas portuguesas…

 

Bastam as gordas dos jornais e meia hora de atenção…

 

Ou estão convencidos que aguento mais de cinco minutos dos prós e contras…?

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