26.3.07

O Vencedor

Estive lá cerca de dez minutos e deu para ver tudo, menos o resultado final, porque este ainda não estava disponível aquela hora, mas apenas previsível e como era previsível ganhou o dito.

Santa Maria, acompanhada de todos os deuses, nos valha e nos livre de coisas quejandas…

Parecia que queria saltar o local de trabalho para vir dar umas bofetadas a quem se atrevia a falar sem sua autorização ou indicação ou convite; ainda por cima muito mal vestida, coitada!

Para mim foi confrangedor ver tanta gente boa metida nesta palhaçada, parecendo que toda aquela gente se sentia muito contente e satisfeita por ter sido convidada para mandar umas bocas naquela coisa, apelidada de programa, com formato internacional.

Admito que algumas daquelas sumidades não teriam outra hipótese de ir à tv, tendo o cuidado de garantir a gravação para mostrar aos netos o grande papel ali desempenhado. Mas outras, que passam vezes sem conta que até chateiam, deram-se ao desplante da presença e até da intervenção, muito embora outras soubessem o que disseram, porque saber é do seu ofício.

Espero bem que o resultado final dê pano para muitas mangas, principalmente àqueles que passam a vida a falar de democracia sem se darem ao cuidado de pensar o caminho dessa democracia ou, se quiserem, o caminho, a democracia que permite, aceita e se congratula com programas desta natureza.

Já sabia o resultado de outros países e as broncas resultantes desses resultados, mas o programa foi autorizado em Portugal, porque vivemos uma democracia e numa democracia são permitidos muitos desmandos, mesmo os que se realizam à custa de gastar dinheiro a pontapés para obter resultados muito positivos para verificação e constatação do nível de formação técnica, científica e cultural do pessoal…

E depois todos foram para a caminha, todos contentes e satisfeitos porque o botas ainda diz alguma coisa a muita gente, principalmente a quem tem telefone e não se importa de entrar na democracia da chamada de valor acrescentado…

Cá por mim, confesso que não tenho saudades de andar a correr à frente dos polícias no acesso às bocas do metropolitano…

Lembram-se?

 

 

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