Hoje ouvi o Senhor Ministro dos impostos a anunciar ao povo que a cobrança de dívidas em dois mil e seis tinha ultrapassado todas as expectativas, pois previa-se mil e quinhentos milhões e entraram nos cofres públicos um pouco mais, isto é, mais uma bagatela de quarenta e seis milhões.
Anunciou também que em dois mil e sete estão previstos mil e seiscentos milhões…
Se tivermos presente que em dois mil e cinco foram uns quantos milhões, que em dois mil e seis foram estes milhões e que em dois mil e sete continuarão a cair os milhões, podemos ter uma pálida ideia do que ainda anda à solta pelas contas bancárias e bolsos de uns quantos portugueses e de outras tantas empresas…pertencentes ao Estado…
Por outro lado, todos nós sabemos, sem necessidade de não revelar as fontes porque tudo é feito às claras, o que não vai por aí de fuga ao pagamento de impostos!
E digo que tudo é feito às claras porque toda a gente sabe o que se passa nos mercados e feiras que acontecem todos os dias e todas as semanas por esse Portugal fora e tudo é feito às claras quando montanhas de transacções comerciais são feitas sem qualquer recibo…
Tenho dito muitas vezes que o mal deste País é que ninguém tem levado a sério quer a dívida quer a cobrança e já se ouviu dizer a muito boa gente que a dívida ao fisco ou pelo menos a fuga ao dito é sinal de inteligência e bem anda o povo que consegue fugir aos impostos!
Pela minha parte tenho a certeza que nesta matéria não passo de um pobre diabo, pois não consigo fugir ao pagamento do que é devido ao fisco.
Houvesse cinquenta por cento de portugueses que não tivessem hipótese de fugir ao fisco e nós bem poderíamos pagar muito menos todos os meses…
O Ministro dos impostos lá vai aparecendo com resultados que merecem o nosso reconhecimento, nosso de alguns, porque de outros não merecem mais que diatribes e violentas…
Agora vamos ter que chatear o Ministro da Economia, o tal da visita à China, para que tenha mão a tão só e apenas a dez por cento da economia paralela neste ano venturoso de dois e sete…
Sem comentários:
Enviar um comentário