No último texto aqui publicado fiz referência aos montantes de dívidas ao fisco que foram cobrados durante o ano de dois mil e seis, referindo também os milhões que se previam recolher durante o corrente ano.
Nos jornais de hoje aparecem referências aos montantes em dívida ao Estado por particulares e por empresas, sendo que são apontados entre dezasseis a dezoito mil milhões de euros…
Coisa pouca!!!
Mas coisa que daria para construir a OTA e o TGV e, certamente, que ainda sobrariam uns quantos milhões para pagar uma viagem de comboio de alta velocidade a todo o pessoal que esteja envolvido na construção dessa infra-estrutura…
Claro que estes milhões são de dívidas ao Estado, pelo que estão no lado indevido e errado: nos cofres do Estado ou investidos na coisa pública e não nos bolsos dos particulares e dos accionistas para deleite de uns quantos espertos…
Importa deixar aqui umas quantas perguntas, cuja resposta não me interessa conhecer, pois o que importava certamente saber é o nível de responsabilidade de cada um nesta pouca vergonha.
Onde estavam os Primeiros-ministros, onde estavam os Ministros, onde estavam os Secretários de Estado, onde estavam os Directores Gerais, onde estavam todos os que podem ser responsabilizados por esta imensa fraude que se verifica de há uns anos para cá? Impávidos e serenos a governar com dedicação e inteligência ao serviço de Portugal com espírito de missão…
Que fizeram estes senhores para prevenir, para remediar, para sarar, para sanar, para alterar o estado desta pouca vergonha nacional e dar alguma dignidade às funções que desempenharam???
Ficam-se por constatar os factos, lamentar o sucedido, prometer acção e tudo a continuar na paz podre da política à portuguesa.
Alguém foi julgado, alguém foi parar à cadeia, alguém foi demitido, alguém não foi premiado quando abandonou o nobre exercício dessas mui nobres funções???
Estes milhões todos fazem parecer uma brincadeira de crianças os discursos de todos os políticos sobre défice e medidas para o controlar e para o manter dentro dos limites impostos pela EU.
E isto é só de dívidas…!!!
Falta saber e ter conhecimento de uma simples previsão do montante de fuga aos impostos que se verifica diariamente neste País pelos actos comerciais não taxados e por aquela coisa que todos apelidam de “economia paralela”…
Venham de lá essas prisões…
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