Ao passar uma vista de olhos pelas gordas dos jornais de hoje deparei com um título a pequenas sobre a contratação da Maria de Belém pelo Grupo Espírito Santo. Parece que a Senhora Deputada já terá dito que não havia incompatibilidades.
Nós acreditamos piamente que não há incompatibilidades porque não estou a ver o Espírito Santo a praticar actos que poderiam dar origem a graves problemas constitucionais sobre mais um emprego de mais um (uma) deputado (a). Era o que faltava. Nós sabemos que os deputados, a priori, nunca incorrem em incompatibilidades: pois se são eles que as definem, certamente que as definiram de tal modo que incompatibilidades nos deputados só por mero acaso e por pouco tempo.
Nós admitimos, os eleitores admitimos, que as consequências de uma eleição é a representação digna dos eleitores, pelo que no plano ético é que se deveria analisar o conceito da “incompatibilidade”.
Uma questão se nos levanta de imediato: o Espírito Santo contrataria a Maria de Belém se esta não fora deputada e tivesse sido mais umas quantas coisas nuns tantos Governos?
Toda ouve falar dessa coisa que dá pelo nome de “causa e efeito”, não se sabendo qual é a ordem correcta para situações como esta…
Uma coisa é certa: não há incompatibilidade nesta contratação, tanto mais que a Senhora Deputada não vai deixar de trabalhar com afinco a bem da Nação e para eleitor ver e sentir…
Depois de tudo isto e de tudo o que vem acontecendo com deputados, ministros, secretários de estado e quejandos a exercerem determinadas funções antes, durante e após os mandatos eleitorais, ninguém pode levar a mal que os eleitores atirem às urtigas as eleições e continuem a dizer mal de todos os políticos, mesmo que alguns se dediquem a tempo inteiro à causa pública, sem acumulação de funções e de vencimentos…
Ainda há vergonha, mesmo sendo pouca…
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