20.12.06

Crime

Nada do que nos possa acontecer, deve parecer estranho. Já passaram por nós muitos lustros, muitas dezenas e algumas centenas de anos, claro, para que tudo nos pareça normal e lógico, até.
Aquela de o nosso Primeiro mandar uma carta ao TC para enviar uns quantos pareceres favoráveis à lei das finanças locais e mais não sei o quê, fez-me lembrar uma outra de um Presidente de Câmara que, a propósito de pareceres, dizia liminarmente que os podia ter “a metro”…
E então as “férias” dos jogadores de futebol profissional agora no Natal e no Fim de Ano?
Queriam por força que o demissionário presidente de uma coisa qualquer relacionada com a regulação (?) da electricidade fosse a uma comissão da AR para dizer da sua justiça…O homem está inocente dos preços fictícios… por isso queria um aumento daquela grandeza, porque responde perante os produtores e não perante os consumidores ou perante quem o nomeou… Independente? Independente para opinar, mas dependente para decidir…
Mas nunca me tinha passado pela cabeça que pudesse acontecer aquela cena da Associação Sindical dos Juízes. Nem me passa pela cabeça que as notícias estejam correctas e que o referido parecer tenha sido emitido naqueles termos. Se querem saber, eu nem sei quais são os termos do parecer.
No fim de contas, entendi que não é crime um determinado tipo de violência doméstica praticada por um homem sobre um homem, uma vez que, no entender dos juízes, trata-se de dois sexos “fortes” e não de um sexo forte e outro fraco…
Claro que um filho, a partir de agora, quando “arrear” umas bocas tareias no pai ou na mãe, ou esta enfrentar o marido e assentar-lhe umas boas chapadas quando chegar tarde a casa, estão bem protegidos pelo parecer da Associação Sindical dos Juízes.
Não lembrava ao diabo pedir um parecer a quem pensa desta maneira, a não ser que se estivesse preparando para levar umas boas estaladas pelo crime de “cumprir” o seu dever…dados em casa não era crime…
Vou esperar para ver se os jornais publicam o parecer produzido para o ler com a devida atenção: a coisa parece-me tão insólita e tão idiota que nem dá para pensar que se trata de comentários de jornalistas desprevenidos.
Estão a ver o fundamento da carta do nosso Primeiro…?  

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