O compromisso pensa… nós concordamos; o compromisso quer… nós damos; o compromisso sugere… nós nada mais temos a fazer que ir depressa e depressinha à procura de todas as oportunidades para satisfazer o compromisso.
Tem dívidas? Paga e os teus problemas estão resolvidos.
Queres dinheiro? Pede e alguém te dará.
Não queres pagar impostos? Diz e a tua vontade será satisfeita.
Queres ganhar mais? Não tenhas vergonha de pedir.
Estás gordo? Eu trato do teu problema.
Queres ter uma boa reforma? Eu trato disso, desde que me dês o teu dinheiro, porque eu sei tratar de negócios melhor que tu.
Só que o compromisso esqueceu-se de me dizer para onde mandava os tais “…entre cento e cinquenta mil e os duzentos mil…”. Para a reforma?
Para o desemprego? Para o deserto do sahara povoar aquela coisa? Para a amazónia dar de comer à passarada? Ou ficava-se num processo mais caseiro e limitava-se a colocá-los nas margens do Alqueva a pescar peixinhos… ou no Alentejo inteiro a guardar porcos pretos… ou em Trás-os-Montes a arrancar amendoeiras…
Com a receita dada e proveniente dos pensamentos mais profundos e mais elaborados dos homens do compromisso, adeus défice em apenas um ano!!!
Para quê mais coisas se isso seria suficiente para baixar os impostos às empresas; para quê dar trabalho ao pessoal se essas mesmas empresas estão disponíveis para gerir a guita e garantir a reforma em dois mil e cinquenta…
Depois digam que o fazem para servir Portugal…
Nós acreditamos piamente nos votos do compromisso, embora não entendamos bem o facto de os bancos portugueses ganharem mais e pagarem menos que os congéneres da Europa…!!!
É o que acontece com um país que tem um compromisso assim.
Só falta que o compromisso assuma o compromisso de gerir o Estado.
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