Nasceu o “MIC”, do ponto de vista legal, claro está: inspirado por Manuel Alegre e justificado pelo milhão de votos do candidato nas presidenciais, uns tantos insatisfeitos e outros tantos desiludidos e mais uns quantos afastados resolveram associar-se num movimento de intervenção cívica, como se representassem esses tais portugueses que votaram no Poeta nas últimas eleições presidenciais.
É assim mesmo: quem se sente injustiçado e com os seus valores não reconhecidos pelos seus pares nada mais sensato que criar um movimento cívico para estarem sempre em cima da onda. Assim a imprensa se vá lembrando de vez em quando para o que o movimento não acabe e não se resuma a umas quantas mesas de café.
Eu cá por mim, estou convencido que um partido político com um milhão de votos seria mais que suficiente para por a Poesia na ribalta e na tribuna e lançar estes cidadãos para voos bem mais arrojados que os feitos até aqui.
Tenham na devida conta que um crédito de um milhão de votos, apesar de a grande maioria seja voto do contra, justifica perfeitamente que se assumam com dignidade política o que aqueles cidadãos quiseram dizer: não queremos aquele, queremos este, pelo saiam todos do partido maldito e entreguem os seus lugares a quem continua fiel e lutem para ganhar democraticamente os vossos lugares e as vossas condições.
Doutra maneira, alguém poderá considerar que o milhão de votos não justifica cinco minutos de televisão…
Sem comentários:
Enviar um comentário