Os “bombos da festa” do défice foram mais uma vez objecto de análise profunda, como profundas são as análises dos prós e dos contras.
Desta vez, o Ministro das Finanças mandou umas tiradas de se lhe tirar o chapéu: que … se … não havia dinheiro para pagar as pensões… etc… e tal… como justificação de não sei bem o quê. Não sei se o Ministro deveria ou poderia ter dito isto, mas o que sei é que o homem está a copiar as tiradas do seu colega da saúde. Nem sequer tenho a certeza de valer a pena esta dramatização do problema do défice da segurança social. Contudo, não é desta matéria que quero alinhavar umas ideias, mas doutra…
Dizia o Ministro que, sem dúvida alguma, havia bombos da festa a mais… e que era preciso…
Mais uma vez convido qualquer Ministro, incluindo o Primeiro, a dizer a toda a gente onde há funcionários públicos a mais.
Diga de uma vez para sempre quantos funcionários há, onde estão a mais e onde estão a menos e digam de uma vez por todas quantos são para dispensar e quantos são para admitir para que as desculpas não morram solteiras.
Digam de uma vez por todas se nos funcionários públicos estão incluídos os militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea, se estão incluídos os agentes da Polícia de Segurança Pública, os “militares” da Guarda Nacional Republicana e ainda se estão a contar com os funcionários da Câmaras Municipais.
Digam tudo isto por Direcção Geral, por Instituto Público, por Gabinetes de Ministros e Secretários de Estado e Subsecretários de Estado e mais etc.. Mas digam de uma vez para sempre. E aproveitem a oportunidade para divulgar todas as tabelas salariais existentes na Administração Pública, central e local, incluindo as tabelas das administrações das empresas públicas e de capitais maioritariamente públicos. E aproveitem ainda a oportunidade para divulgar todos os sistemas e subsistemas de saúde e de apoio social dos “funcionários públicos”. E já agora o número total de funcionários abrangidos por cada um desses sistemas e subsistemas de saúde e de apoio social, suportados pelo Estado, na totalidade ou em parte. E se não se importarem digam também os respectivos montantes.
Não é que eu esteja particularmente preocupado com o que vai acontecer daqui a vinte ou trinta anos, pois estou convicto que os dinamismos sociais encontram sempre as soluções mais ou menos adequadas para todos os problemas das Sociedades, apesar da gravidade das roturas que possam acontecer. Mas a vida sempre continuou e não é por causa das tiradas de um ministro ou umas bocas de um sindicalista que a União Europeia vai acabar.
Tirem lá os funcionários públicos do centro da festa e passem rapidamente a apanhar os foguetes, porque importa iniciar os preparativos de outra festa ou continuar as festividades por outras bandas.
E já agora, Senhor Primeiro, não se esqueça que o princípio da fuga do outro engenheiro começou quando todos começaram a ralhar, que é, como quem diz, quando todos os ministros começaram a mandar das suas…!!!
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