28.10.25

Os limites

 Passou-me pela cabeça um pensamento deveras preocupante: estou a perder a minha capacidade de resistir a envolver demasiado tempo a ouvir os políticos, os jornalistas e os comentadores, verdadeiros ou apenas oportunistas.
Não querem lá ver que esta tarde passei mais de duas horas frente à televisão para ver e ouvir o debate parlamentar sobre o orçamento de estado para o ano de 2026!!! 
Isto não teria nada de gravidade se tivesse tido a oportunidade de aprender, tomar conhecimento, adquirir mais e melhor informação sobre o portugal de hoje e de amanhã, mas as minhas expetativas ficaram muito aquém do que seria legítimo esperar.
Já não estava lá muito convencido que o comportamento dos deputados é por norma exemplar, com respeito por uns e por outros, mesmo tendo em conta as suas diferentes ideologias políticas, havendo entre eles a esperada e desejada urbanidade e educação, devido ao lugar, à instituição e à personalidade de cada um, mas a coisa não tardou a descambar.
Eu estava convencido que diabruras e farpas poderiam e seriam sempre consentidas dado que se estava a discutir ou a analisar uma matéria de que nem todos gostam, concordam e discordam,  mas a má educação, a pouca vergonha, as indecorosas manifestações e os comportamentos indignos a ultrapassar todos os níveis do bom senso devido a um normal relacionamento entre pessoas, mas a coisa não tardou a descambar.
Tudo isto em nome da democracia, onde tudo é permitido mesmo a mentira, a ofensa, a indignidade, a pouca vergonha, a boçalidade, sob pena de se estar a limitar a liberdade de expressão, tanto mais que os intervenientes representam o POVO, eleitos democraticamente em eleições livres e democráticas dignas de gente civilizada e que se assumem com  direitos a tudo e a mais alguma coisa, como se para eles não houvesse limites.
Ouvi de tudo: um país lindo e belo à beira mar plantado e um país onde a vida só é vivida por uns quantos enquanto que os outros tantos sofrem as penas do algarve... 
Em determinada altura estive quase a vomitar e fui salvo por uma vontade imprevista de beber água... 
Espero bem que isto me sirva de remédio santo para continuar com o cumprimento dos meus princípios sobre a audição de políticos, jornalistas e comentadores, mesmo os agora chegados...
Qual será o santo que seja capaz de repor o bom senso nesta gente??? 
 
 

27.10.25

A deportação

 Já por diversas vezes aqui declarei que não tenho por hábito perder muito tempo em ver e ouvir programas de notícias e de comentários políticos, tão somente por estar totalmente farto de ver e ouvir quase sempre as mesmas caras, onde a independência deixa um tanto ou quanto a desejar.
Contudo, "hoije" gostei de ouvir o primeiro a pronunciar-se sobre o que se deve fazer aos imigrantes ilegais. Pensava eu que o homem iria dizer que o que há a fazer é legalizar todo o pessoal, mas não.
O primeiro, do alto da sua humildade, veio dizer-nos que o que há a fazer é simplesmente deportá-los para os seus respetivos países.
Fiquei mais um pouco a ouvir o primeiro na esperança de saber quantos iria deportar, quando começava a operação, quem iria pagar o processo, onde estavam os desgraçados que vão ser deportados, sem ter em conta que vou continuar a perguntar-me o que fazer aos milhares de processos que estão pendentes nos serviços públicos à espera de uma decisão de quem tem o poder para tal.
A ignorância por mim assumida sobre estas questões não foi suficiente para continuar a ouvir o primeiro e decidi que bastava por "hoije", apesar do maravilhoso sotaque com que de vez em quando nos brinda, ignorando também se se trata de um sotaque do norte, do centro ou do sul, estando plenamente convencido que não se trata do falar alentejano... 
De resto a coisa do orçamento pouco ou nada me interessa, uma vez que não espero coisa alguma de tudo o que lá está naquelas centenas de páginas, onde as loas à boa governação não devem faltar.
Mas não quer dizer que por para mim nada significar e dele nada esperar haverá certamente muito pessoal que espera uns bons benefícios e merecidos proveitos, dando significado aos sentido de voto das últimas eleições legislativas...
A cobrança... 
 
 
 
 
 
 
 
 

19.10.25

Os mísseis

 -Divino Imperador, os tipos lá para o médio oriente já andam outra vez à batatada!!!
O que se pode fazer ou o que o Divino Imperador ordena que se faça?
Porra, estes gajos ainda são mais malucos que eu. Pois nada, eles que se matem uns aos outros porque eu agora estou preocupado com todas as aldrabices de que tenho sido vítima por parte do russo psicopata.
Agora ando preocupado com o estudo da melhor estratégia para tentar enganar uns quantos tipos com influência na atribuição do prémio  nobel.
De modo que tenho que acabar com a guerra ali na europa entre os russos e os ucranianos ou pelo menos tentar um cessar fogo para acalmar o pessoal norueguês, mesmo que esse cessar fogo seja semelhante ao do médio oriente, que nada mais é que uma manigância para inglês ver... sem quaisquer resultados práticos.
Eu sabia muito bem que os terroristas serão sempre terroristas e os judeus serão sempre judeus, pelo que nunca se vão entender, digam lá o que disserem os parvalhões europeus, mesmo tendo em conta o tempo perdido em manifestações totalmente idiotas.
Mas, divino imperador, não acha que a coisa pode ficar feia para os nossos lados?
Nem pensar, eu já tinha prometido aos ucranianos uma boa quantidade de mísseis balísticos de longo alcance para ver se o psicopata russo arranjava algum juízo, mas cheguei à conclusão que não posso disponibilizar nem um sequer, porque podemos precisar deles para tratar dos venezuelanos, dos árabes, dos muçulmanos, dos chineses e de mais alguns que ainda não acreditam que estão perante o Divino Imperador do mundo e do universo que espera vassalagem desta cambada toda.
Mas, divino imperador, nem um míssil para os desgraçados dos ucranianos que sempre acreditaram em si?
Pois não deviam, porque qualquer tipo por pouco inteligente que seja deveria compreender que o que está em causa é grande américa outra vez e que isto não se consegue sem que todos esses mentecaptos passem a comprar todo o material de guerra de que precisam às nossas empresas americanas...
 
 
  

 

 

17.10.25

O rosto tapado

 Sem eu saber nem como nem porquê o tema do "rosto tapado", leia-se "burca", apareceu no espaço mediático e partidário da nossa terra e até foi objeto de legislação adequada, produto de secretíssimas negociações políticas entre os senhores representantes da nação, que culminaram na aprovação de uma lei destinada a proibir o uso do "rosto tapado", leia-se "burca" no espaço público.
De fato, esta terra bendita não tem matéria mais importante que não seja discutir este assunto como se estivesse em causa a segurança nacional incluindo a segurança de todos os portugueses face ao perigo iminente de agressão de um exército de burcas com o objetivo de eliminar este pessoal todo para que as mulheres portadoras de burcas tivessem liberdade de ação para tudo o que lhes apetecesse.
Nunca pensei que os portugueses, crentes nos partidos políticos, ficassem divididos entre esquerdas e direitas face à tomada de posição sobre o uso das burcas, sendo que uns votaram contra e outros votaram a favor.
O que mais me surpreendeu nesta discussão foi o tipo de argumentos utilizados pelos dois lados: a cultura, a religião, a violência doméstica, a liberdade das mulheres, os direitos humanos e mais uma infinidade ao gosto dos discursantes e argumentistas.
Ao fim e ao cabo todos têm razão e todos os argumentos têm a sua validade e permitem tranquilizar os contra e os a favor, deixando-os sem problemas de consciência quanto à matéria de facto.
Estou-me verdadeiramente nas tintas para os argumentos aduzidos prós e contra, mas sou levado a entender que a questão fundamental não está coberta pelos tais argumentos que justificam ou não o uso do rosto tapado em portugal. 
O argumento essencial que deveria ser utilizado por todos na discussão desta matéria não está incluído no rol apresentado pelas duas partes e pode resumir-se desta maneira: o rosto tapado impede, dificulta, ou impossibilita a identificação do usuário, ou não impede, não dificulta ou  não impossibilita a identificação do usuário?
 De qualquer modo, eu não gosto de ver...
 
 
 
 
 

 

14.10.25

A comédia

Toda a gente sabe que eles nunca vão depor as armas e muito menos entregá-las.
Toda a gente sabe que eles nunca poderão entregar os restos mortais de alguns reféns mortos em cativeiro pura e simplesmente porque não sabem onde eles estão, tal o grau de destruição e a montanha de escombros existentes na zona.
Toda a gente sabe que eles nunca vão admitir a existência de dois estados cujos territórios se situem mesma zona.
Toda a gente sabe que a guerra entre estas populações não dura há dias, meses ou anos mas sim séculos e séculos e não é agora por obra e graça de um deus terreno que estas se vão por aos beijos e abraços como se a vida começasse ontem depois de uma jantarada.
Toda a gente sabe que eles odeiam os residentes considerados ocupantes ancestrais das terra dos seus antepassados. 
Toda a gente sabe que eles não admitem e não aceitam que mais alguém mesmo que apenas um indivíduo ocupe aquelas terras sagradas onde moisés e quejandos conduziram as doze tribos de israel.   
Toda a gente sabe que eles até podem admitir a existência de um outro estado, mas nunca naqueles territórios onde "corre o leite e o mel...".
Toda a gente sabe que um tratado de paz para ter qualquer credibilidade tem que conter a assinatura dos opositores em confronto independentemente dos mediadores presentes e envolvidos.
Toda a gente sabe que eles e eles deviam estar presente e não estiveram.
Nestes termos qualquer um deles não se sente comprometido com o que os importantes decidiram e assinaram sem mandato para tal da parte dos beligerantes.
De tal modo que, após umas quantas horas da farsa monumental ocorrida lá para os lado do médio oriente, foi logo posta em causa com o assassinato de umas quantas pessoas, o que não vai deixar de ocorrer com frequência.
Aquela gente sabe muito bem que enquanto as armas circularem à vontade por todo o lado não deixarão de ser usadas...
Mesmo com tarifas... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

13.10.25

A farsa trágica

 Bastaram cerca de quarenta segundos para ficar totalmente enojado com o que via na tv: o secretário geral da onu a participar na farsa onde deixou a sua dignidade aos pés do deus americano e senhor do universo conhecido.
Já não fui capaz de assistir ao mesmo drama com o presidente do conselho europeu, não me sendo possível imaginar como estas personagens se prestaram a participar nesta encenação monumental  onde se pretendeu entronizar e deificar uma outra personagem que se crê ser um ser superior a todos os terrestres, que não passam de uns miseráveis humanos onde a dignidade desapareceu completamente.
Como foi possível encenar esta farsa indigna de seres humanos consideradas pessoas importante nos mais diversos países de todo o mundo?
Como foi possível pessoas importantes nos mais diversos países e organizações prestarem-se a participar nesta tragédia humana?
Depois desta visão escatológica começo a pensar que os maduros e os pings deste mundo em nada se diferenciam desta gente que esteve presente lá para as bandas do do egipto...
A vergonha é verde e o burro comeu-a...
Que faça bom proveito em nome da dignidade e da decência.
Enquanto me lembrar da visão do guterres e da participação do costa... lembrar-me-ei sempre do maduro...