14.6.22

As Marchas Populares

 Não tinha obrigação de ficar até ao fim.
Por isso quando entendi que estava na altura, desliguei a televisão e fui para o outro lado.
No outro dia de manhã fui devidamente informado que a marcha ganhadora tinha sido a da Madragoa.
Qualquer uma que fosse não teria chocado os lisboetas a não ser os interessados em cada uma das marchas do seu bairro.
Dado o bairrismo que se vive durante as festas dos santos populares nos bairros da capital outra coisa não seria de esperar.
Assim, posso dizer sem qualquer arrependimento que gostei de tudo o que vi e ouvi, muito embora não seja grande apreciador de música um tanto ou quanto desafinada, o que se desculpa dado o ambiente e condições do palco da exibição.
Mas houve uma coisinha que desmereceu os meus gostos: beijos e abraços e selfies e fotos do Presidente, o pirosismo dos apresentadores quando se dedicavam a fazer perguntas aos padrinhos, às madrinhas e à criançada, não sabia lá muito bem o que estava ali a fazer.
Pois é: não gosto de lugares comuns, mesmo quando o pessoal está mal preparado para fazer um determinado trabalho.
Daí que não achei graça alguma aos elogios à beleza de uns, de umas, de outros e de outras, culminados por um "tu também, muito obrigado".























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