Afinal o meu desejo formulado antes da famosa e espectacular acção de limpeza das matas pelos nossos importantes não se confirmou: foram umas pinguinhas que não chegaram para formar umas poças de água nas estradas de terra batida de acesso aos locais escolhidas para fazerem a festa.
Foi uma pena.
Não a não satisfação do meu desejo, mas principalmente a pouca chuva que caiu naqueles locais, pois que ainda continua a fazer muita falta às muitas barragens que estão longe de deitar pelas bordas fora, que é como quem diz: ainda não estão cheias.
Mas a vida é assim: foi a festa, alguns deitaram os foguetes e outros foram apanhar as canas para ficarem com uma recordação.
Pode perguntar-se se valeu a pena a despesa que foi feita com os custos dos equipamentos utilizados e combustíveis gastos para transportar e pôr a trabalhar umas dezenas de importantes.
Bem vistas as coisas e se quisermos ser justos, deveríamos estar satisfeitos porque andamos sempre a dizer e a queixar-nos que os de cima nada fazem em prol dos de baixo e quando e aqueles nos dão o exemplo e se põem a trabalhar, nada mais salutar que ficarmos contentes e satisfeitos pelo exemplo dado pelos nossos governantes a fazerem uma coisa que nunca tinha sido feita: roçadora nas mãos e vai daí que o trabalho é para se fazer e não para se ir fazendo.
Por mim gostei de ver o pouco que vi e tive a oportunidade de sentir nas profundezas do meu ser que o INTERIOR, no sentido mais amplo do termo, incluindo território, pessoas, cultura, economia, matas, arvoredo, bichos, e tudo o mais que por ali se pode encontrar, deve acreditar que o ar condicionado jamais o esquecerá.