16.2.18

É uma alegria

Num destes dias passados recebi uma mensagem da caixa geral de  depósitos dando-me conta que dispunha de sete euros para gastar numa compra em qualquer loja do continente.
Convém esclarecer que não se trata de uma compra no Continente, designando Portugal Continental, mas do "continente" como sendo as lojas de comércio a retalho do grupo sonae.
Como não me davam mais explicações, aguardei por uma oportunidade para verificar se a oferta era válida e em que termos o seria, pois fiquei muito admirado por receber uma mensagem desta natureza com este  conteúdo ainda mais estranho.
Mas como estamos numa terra onde tudo parece ser possível até a recepção de mensagens de oferta de dinheiro sem se saber bem porquê e até se desconhecer o texto e o contexto de tais mensagens, nada mais tinha a fazer a anão ser constatar se se tratava de uma brincadeira ou de uma verdadeira oferta.
Dito e feito.
Fui a um supermercado "continente" e quando acabou o processo de registo e se passou ao processo de pagamento mostrei a dita mensagem no telemóvel e perguntei como era esta coisa.
"Tudo bem... vou descontar os sete euros...!!!
E foram descontados os tais sete euros e eu não paguei os tais sete euros como oferta da caixa geral de depósitos.
Claro que fiquei a matutar neste negócio entre o grupo sonae e a caixa geral de depósitos para que se justifique uma oferta da caixa
 para uma compra nas lojas de comércio a retalho do grupo sonae.
Pensando melhor: a coisa nem está mal pensada para fazer participar os depositantes nos lucros da caixa no ano de dois mil e dezassete, depois de uma injeção de muitos milhões, de terem saído umas centenas de trabalhadores, de terem encerrado vários balcões e de terem uma nova administração que pode aumentar como quiser as comissões pelas operações dos depositantes...na proporção dos seus salários: salários baixos, comissões pequenas, salários altos comissões altas.
E tudo a bem da nação...

Os milhões

Nos últimos dias circularam algumas notícias dando conta das actividades do nosso sistema bancário, isto é, de alguns dos bancos instalados em território português.
E não foi pouco.
Foram cobrados cerca de 100 milhões de euros em comissões.
Os lucros dos maiores rondaram os setecentos milhões.
Parece que a coisa está a voltar aos melhores tempos dos bancos.
Contudo, também circulavam notícias sobre os dois mil trabalhadores que deixaram o seu posto de trabalho num qualquer banco a actuar em Portugal.
Encerraram duzentas e sessenta e nove agências instaladas neste cantinha à beira-mar plantado que serviam e se serviam da guita do pessoal que confiava cegamente nos seus bancários.
Não sei quantos milhares de utentes do sistema bancária já não entram numa agência para tratar dos seus assuntos relacionados com pagamentos e levantamentos, porque recorrem aos seus meios informáticos para se substituírem ao pessoal bancário e porque são portadores dos seus cartões de débito e de crédito para milhentas operações financeiras e comerciais.
E tudo isto sem quaisquer custos para o sistema bancário.
Mas o sistema comporta-se como o monstro das sete cabeças que tudo devora à sua volta nada deixando para trás sem o devido tratamento.
E vai daí toca a aumentar o montante das várias comissões já em vigor e a criar outras para que nada se deixe ao cuidado dos utentes do sistema.
Querem ter uma conta no sistema bancário? Que paguem por ela.
Querem fazer pagamentos por cheques? Que paguem por eles.
Querem utilizar cartões de débito e de crédito? Aí vai a anuidade e mais alguma comissão.
Querem utilizar o seus meios informáticos para gerir a sua conta bancária? Não há problema, mas têm de pagar, apesar de libertarem o banco dos respectivos custos por atendimentos nos balcões da rede bancária.
Nunca entendi a história das taxas de juro negativas que os investidores pagam para comprar dívida pública, mas se prestarmos um pouquinho de atenção ao que vai acontecendo nas nossas relações com o sistema bancário rapidamente chegamos à conclusão que os pagamentos que fazemos por uma conta bancária onde temos a guita que ainda não gastamos têm o mesmo significado que as taxas de juro negativas.
Pagamos para que os senhores continuem a ser os senhores...
O nosso grande problema é que os os colchões já não são o que eram...



9.2.18

Os Jogos da Paz

É!!!
Já se diz por aí que estes jogos olímpicos de inverno são "Os Jogos da Paz".
Serão, se as boas vontades do mundo inteiro tiverem a paciência e o interesse para que assim seja.
Mas haverá, certamente, muita argumentação para duvidar do que se vai dizendo sobre serem estes os jogos da paz.
Faz-me lembrar aqueles jogos olímpicos de munique, quando...
É verdade que se deslocou à coreia do sul uma delegação olímpica da coreia do norte, onde se incluía a irmã mais nova do senhor manda-chuva.
Mas não nos devemos esquecer que tal senhora não é mais nem menos que a "chefe" da propaganda do regime que ameaça meio mundo com o carregar no botão vermelho das bombas atómicas...
Não importa muito o que se passou na cerimónia de abertura dos jogos com as imagens fantásticas vistas por todo o mundo, que incluíam a tal senhora irmã do homem, com ar seráfico e inocente, como se a chefe da propaganda do regime mais fechado do mundo fosse julgada apenas e  tão só pelo seu aspecto físico e não pelas suas acções.
A ver vamos o que se vai passar durante os jogos e, principalmente, que atitudes e comportamentos se irão observar nos senhores do norte...
Estamos bem certos de já ter visto coisas desta natureza: num determinado momento temos beijos e abraços e logo a seguir sem que nada o faça prever, deparamos-nos  com um facalhão bem cravado nas costas de uma vítima...
Que sejam os "Jogos da Paz", mas sem incautos...

5.2.18

O mundo

Este pessoal entrou em paranóia pura: o bruno está a fazer birra, o seu clube leva uma tareia ali para os lados de belém e parece que o universo aquece demasiado e está próximo da explosão.
Eu bem sei que o mundo leonino já não cabe na galáxia, mas não é preciso que os jornalistas e comentadores desportivos levem a coisa demasiado a sério.
Bastou que o homem tivesse uma caganeira, atirasse umas quantas "bujardas" ao ar e todos os canais de televisão dedicassem umas quantas horas a discutir a "crise".
O que vai pelo mundo não interessa "puto".
O que se passa no "campus" ali no parque e em locais da mesma natureza não merece mais que uns minutinhos mal medidos.
A catástrofe ambiental do tejo, a seca e as barragens do alentejo quase vazias ditam uns segundos de dois em dois dias e é um pau, porque o tempo não estica e a bola tem prioridade.
Estamos perante uma verdadeira revolução no tipo de valores que orientam e condicionam o nosso desenvolvimento social: se um canal de televisão não dedicar pelo duas horas a discutir a grandeza, a magnitude, a relevância do futebol para felicidade dos portugueses não merece dispor de uma licença de emissão de televisão, pelo que deve cessar de incomodar o pessoal.
Não temos dúvidas sobre a qualidade de um canal de televisão que não tenha na sua programação a discussão do futebol visto pelos jornalistas e comentadores desportivos, cujos méritos se baseiam e se fundamentam na gritaria e até no insulto e pouco na cultura do futebol.
Existem para manter vivo o que mais prejudica o desporto em geral e o futebol em particular: clubite e inveja.
O mais curioso de tudo isto estará certamente no facto de toda esta gente ser paga para gritar e maldizer quanto mais e mais alto tanto melhor, sendo conveniente que não se entenda lá muito bem o que dizem durante todo aquele tempo, pois todos devem falar ao mesmo tempo para que se pense que percebem da poda...
O melhor de tudo é que ditam as audiências...
Assim vai o nosso pequenino mundo...

1.2.18

É assim mesmo

Queriam chatear o ministro das finanças e presidente do "euro" e levá-lo a nem sequer a aquecer a cadeira dos capitalistas do euro, mas não tiveram lá muita sorte, porque parece que alguém arquivou o processo, dando-lhe o seu real valor.
Que levem para a cadeia todos os aldrabões que por aí andam a gozarem dos rendimentos das vigarices é uma coisa que merecerá o acordo da grande maioria do pessoal, se exceptuarmos um pequeno número de advogados que se banqueteiam com estes manjares oferecidos pela prática democracia, mas por dever e obrigações de ofício.
Também concordo: são todos inocentes até prova em contrário e terminado o processo, diz-se, "transitado em julgado".
De qualquer modo tenho adorado estas andanças das leis portuguesas e toda a actividade das polícias, das várias classes de juízes e todos os que têm participado na realização destas novelas rocambolescas que mais parecem brincadeiras em que poucas pessoas acreditam.
Veja-se aquela da devolução a um banqueiro de sessenta milhões!!!
Devolver a um banqueiro sessenta milhões sem se saber lá muito bem do que se trata...
Afinal quem tinha os sessenta milhões?
Eram sessenta milhões do banqueiro?
Eram sessenta milhões supostamente do banqueiro?
A que propósito aparecem sessenta milhões devolvidos por um juiz a um banqueiro?
Esclareçam esta coisa bem esclarecida e depois digam ao pessoal de quem eram os sessenta milhões e o que andavam a fazer para que um juiz tivesse intervenção na sua devolução ao banqueiro.
Estou tentado a pensar que o tal primeiro não passava de um anjinho que se contentou com pouco... quando...
Para além do mais, eu gosto muito de banqueiros e não quero pensar sequer que pode haver por aí algum que não ponha o bem público acima dos interesses particulares e que se possa apropriar de qualquer coisa que não seja dele, não fossem eles as pessoas mais honestas existentes à face da terra, incluídos os arredores...