Nos dias que correm, a fábula do lobo e do cordeiro diz muito pouca coisa ao pessoal que se habituou a desligar de encontrar as causas das coisas e estar atento apenas ao que nos pode dar um proveito direto.
Que é como quem diz: pouco me interessa se me querem imputar qualquer tipo de responsabilidade pelo que faço, se o que fiz tem por base aquilo que outro fez.
Bem vistas as coisas a senhora tem razão: como posso eu assumir a responsabilidade de uma decisão que não é minha, que contraria uma decisão que é minha, mas se produziu tendo por base uma coisa que uma terceira pessoa fez?
Como se torna evidente, a anulação ou a nulidade de um ato, pressupõe com toda a evidência que esteja em vigor esse mesmo acto.
Contudo se quem anulou ou considerou a sua nulidade não foi o autor desse mesmo ato, é razoável e plausível que a responsabilidade de tudo o que sucedeu posteriormente se deva atribuir a quem praticou o ato inicial.
Sempre estive convencido que o desgraçado do afonso henriques nunca deveria ter nascido e que se se o tivesse feito de livre vontade deveria tal nascimento ter ocorrido lá para a índia, no pressuposto da sua existência naqueles tempos...
Do mesmo, aquele sacristas do beato e do fradeco de avis deveriam ser chamados à responsabilidade por terem chateado os filipes quando estavam a governar esta terra miserável que só dava chatices.
Mas não... Armaram-se em valentões e não descansaram enquanto não fizeram asneira da grossa.
E agora pagamos nós.
O engenheiro, então primeiro, terá deixado fazer ou fez merda da grossa.
A madama quis ficar bem aos olhos do pessoal e trata de mandar às urtigas quem deveria ser mandado às urtigas, mas de modos decentes e educados, reais e legais.
Vai daí, lavam-se as mãos da porcaria feita e identifica-se o culpado: o engenheiro, quando foi primeiro, por responsabilidade da teresa, que nunca deveria ter nascido...
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