Na passada quinta-feira fiz-me à estrada e hoje pelas dezoito descansei em Lisboa, após mil e trezentos quilómetros percorridos por essas terras no nosso Portugal, sempre dentro de portas, embora tivesse avistado terras de Espanha.
Foi um ver se te havias para estar presente num encontro de amigos em Viana do Castelo.
Mas antes, fui dar uma vista de olhos às terras de Trás-os-Montes, que não já via há uns quantos anos; lá fui a Chaves, andei por Vilar de Perdizes, demorei-me em Montalegre e percorri, ao contrário, o circuito das barragens do Cávado e Alto Rabagão, sem esquecer a de Vilarinho das Furnas, de meio mundo conhecido, pelas tradições ancestrais daquela gente.
Claro que isto implicou um saltinho ao Gerês, mais precisamente ao Campo de Gerês, tendo ficado admiravelmente surpreendido pela quantidade de gente nova que por ali andava.
Depois, andei a ver terras do Alto Minho, desde Braga a Ponte da Barca, passando por Amares, Vila Verde, Arcos de Valdevez e um sem número de terras, terriolas e terrinhas que nem o mapa do ACP tinha devidamente sinalizadas.
As montanhas continuam no mesmo sítio; os rios nos mesmos leitos lá vão correndo, apesar da pouca água; as flores, principalmente a da giesta, tornam deslumbrantes as paisagens; até as barragens lá continuam a produzir energia eléctrica apesar dos seus níveis de enchimento serem preocupantes…
Mas duas coisas me chamaram a atenção: as montanhas cheias de colunas e pás enormes aproveitadoras da força do vento e as transformações estéticas e urbanísticas das áreas e das zonas centrais das vilas e das cidades, independentemente da sua dimensão e importância.
Não me importava nada de ver um quarteirão apenas da Avenida da Liberdade em Lisboa como vi um bocado da Avenida da Liberdade em Braga; não me importava nada de ver o Rossio de Lisboa como vi parte da Avenida Central de Braga, ou o Centro de Vila Real ou umas quantas ruas de Chaves, ou até de Montalegre, para não falar daquela beira-rio de Arcos de Valdevez…
Gostava de ver aqui em Lisboa uma dose de bom gosto, de higiene e qualidade do meio ambiente como apreciei nestas cidadezinhas da chamada "Província".
A ÚNICA e, talvez, a verdadeira diferença é que aqui temos o Hospital de Santa Maria e todos os outros seguidos de todo o tipo de clínicas para todo o tipo de necessidades, temos o Colombo e todos os outros e outras coisas da civilização urbana e lá… por aqueles montes e vales, ao lado das auto estradas, não sei como será.
Ao menos, pode dizer-se que "ser provinciano" já pode ser tido como "habitante ou residente numa cidadezinha que em termos de limpeza e de higiene urbana e de qualidade do meio ambiente e arranjos urbanísticos das zonas histórias e áreas urbanas centrais estão a quilómetros do que se passa em Lisboa…
Já onde se gasta parte do meu dinheiro…
Sem comentários:
Enviar um comentário