5.2.20

A peste

Há cerca de quinze dias estava a procurar um livro para continuar as minhas leituras, após terminado o último livro de Mário Vargas Llosa, quando pus a vista encima da Peste de Albert Camus.
Retirei o livro da estante e resolvi dar início à sua leitura.
Tinha uma vaga ideia do conteúdo da obra, mas não me lembrava da situação em concreto.
Apesar de se entender que se trata de uma alegoria sobre uma  cidade dominada pelo nazismo, transportei-me quase de imediato à cidade chinesa de quarentena devido ao  vírus denominado "coronavirus". e sobre o qual pouco ou nada se sabia.
Na sequência da leitura da obra de Camus, a imagem da cidade tomada pelo nazismo era rigorosamente a realidade da cidade chinesa que era noticia quase permanente de todas as televisões, rádios e demais imprensa escrita de todo o mundo, levando a intranquilidade e o medo a milhões de pessoas para além dos milhões já circunscritas às suas respetivas zonas de residência.
Um cerco a nível mundial do qual ainda ninguém sabe como dele se vai sair e em que condições se poderá sair.
O número de infetados continua a subir, o número de mortes continua a aumentar e não se vislumbra um tratamento eficaz para o drama humanitário mundial que está presente em permanência nos nossos ouvidos e nos nossos olhos.
No meio disto tudo, isto é, no meio do pânico geral já instalado, lembrei-me de fazer a mim mesmo uma pergunta sobre a qual ainda não ouvi uma única informação nem qualquer comentário ou sequer a mínima justificação: há algum caso conhecido no continente africano e americano do sul?
A natureza ajudada pela ciência dará uma resposta...
Vamos aguardar...

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