16.2.20

A citação

"Com efeito, ao ouvir os gritos de alegria que subiam da cidade, Rieux lembrava-se de que esta alegria estava sempre ameaçada. Porque ele sabia o que esta multidão eufórica ignorava e se pode ler nos livros: o bacilo da peste não morre nem desaparece nunca, pode ficar dezenas de anos adormecido nos móveis e na roupa..."...

"... espera pacientemente nos quartos, nas caves, nas malas, nos lenços e na papelada. E sabia também que viria talvez o dia em que,  para desgraça e ensinamento dos homens, a peste talvez acordaria os seus ratos e os mandaria morrer numa cidade feliz."

Com a devida vénia, transcrevi o último parágrafo do livro " A Peste" de Albert Camus.

Já tinha acabado de escrever um "post" iniciado com esta transcrição de A Peste, quando um erro meu ou do equipamento me apagou grande parte do que já estava escrito.
Passados uns dias ouvi um comentário num dos programas de comentários nas televisões onde se fazia referência à inexistência de citações e transcrições deste livro que ando a ler, quando as circunstâncias deveriam levarnos a recordar Albert Camus e a sua Peste.

Não só citei como li o livro em pleno desenvolvimento do coronavirus... 

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