15.4.10

As contrapartidas

Ele há coisas que uma pessoa normal não entende e se se trata de uma simples pessoa normal ainda entende menos.

Vem isto a propósito de uma nota como se fora de rodapé integrada numa reportagem publicada pelo Correio da Manhã de anteontem sobre a história dos submarinos.

Dizia a tal nota como se fora um destaque que os submarinos custaram setecentos e sessenta e nove milhões e trezentos mil euros mais sessenta e três milhões e seiscentos mil euros devido a uma cláusula de actualização dos valores por não sei quê.

Todos estes valores não me pareceram estranhos, uma vez que se trata de umas máquinas de guerra para fazer a guerra debaixo de água às escondidas de todos, principalmente quando não há guerra adequada devem custar uma pipa de dinheiro como são esses milhões todos.

Mas parece que o negócio envolvia umas contrapartidas que o fabricante vendedor deveria dar ao comprador por via dessa compra, o que a priori parece que não estar mal contado: pois se te compram uma coisa de muito valor e que não se vende todos os dias é justo que haja alguma coisa a dar e oferecer em troca, o que em vulgar português se denomina de "contrapartidas", sem qualquer má intenção nem segundos sentidos.

Mas aqui nesta coisa das contrapartidas é que se situam as minhas dificuldades de entendimento: o jornal referia que as contrapartidas estavam avaliadas em "um vírgula vinte e um" mil milhões e que só estavam realizados cerca de trinta e dois por cento, certamente que desse valor aqui citado.

Eu não sei nada destas coisas pelo que não entendo como é possível que o valor das contrapartidas pelo negócio sejam muito superiores ao valor do próprio negócio real e verdadeiro.

Não entra na minha cabeça que se estes valores estão certos porque é que o Estado Português não comprou uma dúzia de submarinos e por via deles resolver o problema do défice e do endividamento externo, pois que se por dois submarinos há tanta guita de contrapartidas, então por uma dúzia de submarinos que guita não viria ter a Portugal?

Se alguém tiver conhecimentos suficientes para explicar esta situação ficaria muito agradecido porque veria ultrapassadas todas as minhas dúvidas duvidosas sobre os montantes quer dos submarinos quer das contrapartidas e assim dormiria mais descansado.

E já agora, se houver alguma informação em que coisas foram gastos aqueles trinta e dois por cento de mil e duzentos e dez milhões de euros ficaria muito mais descansado e dormiria muito melhor, porque ficava com a certeza que se tratou de coisa útil, nem que fosse para pagar a compra de papel para imprimir os planos de formação indispensáveis para por os submarinos a operar no seu elemento apropriado...


 


 

Sem comentários: