25.3.10

Um dia de dois

Estou aqui para os lados da Serra Estrela para passar o fim-de-semana e constato que as novas tecnologias parecem querer permanecer arredadas destas bandas.

É assim que o acesso à internet móvel está longe de satisfazer minimamente os seus utilizadores em muitas outras zonas do País, pelo que aqui, quem não é residente, tem poucas hipóteses de se ligar com o Mundo: é o meu caso.

Contudo, deu para receber alguma informação através da rádio ou dos quatro canais de televisão com sinal aberto, porque o acesso ao cabo deixa muito a desejar, sendo o mais frequente a parabólica em pleno Parque Natural da Serra da Estrela.

Menos mal que os telemóveis da generalidade das redes não têm problemas desde há já uns tempos.

Mas esta situação não obstou a que alguma informação chegasse aos seus destinatários: foi assim que se toma conhecimento de algumas reacções ao Plano de Estabilidade e Crescimento (eu não gosto das iniciais que me fazem lembrar tempos heróicos quando a solidariedade e a voluntariedade dos portugueses estava presente todos os dias e não precisava de causas nem de motivos, pois o processo revolucionário em curso era coisa de todos).

Agora temos o Cravinho a mandar umas bocas sobre prendas e corrupção como se lá no Banco onde foi colocado pelos bons serviços prestados ao País não houvesse prendas nem corrupção, bastando a sua presença para não haver qualquer coisa que cheire a isso.

A seguir, a ordem é arbitrária, vem o Alegre a atirar-se ao PEC como gato ao bofe, como se aquela coisa fosse a chave para a sua eleição como Presidente da República, o que não será uma coisa tão difícil assim de tivermos em conta que ao milhão de votos que tem se somarem mais um ou dois com os descontentes com o bloco central. Pode, assim, descascar à vontade tanto no PEC, como no PS e como nos outros, com excepção dos comunistas e dos bloquistas porque estes já estão incluídos no primeiro milhão.

Depois, aí estão todos os deputados de todas as comissões e mais os declarantes "civis" que não param de rodopiar pela Assembleia da República a prestar as suas declarações, apesar de já conhecermos tanto os declarantes como as declarações e os respectivos lados da barricada.

Tenho a certeza que esta coisa nunca mais vai acabar a não ser pelo cansaço e por dois motivos fundamentais: o Primeiro nunca dirá que sim e os outros nunca dirão que não. De modo que só resta ao Benfica ser Campeão Nacional no futebol profissional da primeira liga para que esta gente acalme um pouco e pare para trabalhar...


 


 


 

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