3.2.10

Um túnel

Parece que as oposições se estão a preparar para aprovar a proposta de alterações à lei do financiamento à Região Autónoma da Madeira contra o sentido de voto do partido do Governo.

Com esta seria a segunda vez em que a AR aprova uma lei contra o partido do Governo e, por este andar, não se ficará por aqui.

A não ser que venha a posição final do Primeiro: se querem governar a partir da AR pois que governem porque assim nem pensar; quem quiser que assuma as suas responsabilidades porque eu (ele) não está disponível para pagar as favas que os outros comem.

Pois que assim seja, mas que tudo fique bem esclarecido sobre as verdadeiras razões e fundamentos da posição das oposições, quer à esquerda quer à direita do partido do Governo.

Aquele tal economista, alto forte e espadaúdo e careca, que dá pelo nome de Vítor Bento, pareceu-me, foi claro de tal modo que não há lugar para dúvidas e artimanhas políticas para justificar um voto das esquerdas e das direitas sobre a mesma lei, tanto mais que se trata de admitir mais despesas em nome da solidariedade e do pagamento da insularidade. Que razões não haveria no caso da Região Autónoma dos Açores para justificar tal posição.

Contudo, nem o Governo, nem o Partido que o suporta, nem as entidades responsáveis pelas finanças deste País, nem os jornalistas da especialidade, nem os comentadores políticos das direitas e das esquerdas e do centro e do meio centro, nem quejandos nem ninguém nem sequer o Pacheco Pereira tiveram e têm a dignidade e a ética e a moral de dizerem a verdade sobre esta matéria, tanto mais que a real situação da Madeira não pode ser do seu desconhecimento.

Eles saberão, como aquele tal economista, que o nível de vida da Madeira é superior ao do Continente e, como tal, a ajuda deveria ter o sentido contrário.

Mas todos nós, os que ainda pensamos um pouco sobre estas coisas também temos consciência que a realidade vivida na Região Autónoma da Madeira é feita à custa das "remessas" do Continente e sabemos também que essas tais terão que continuar por muitos e bons anos com o argumento da insularidade, pois que essa não pode ser alterada.

A não ser que um dia destes nasça da mona do AJJ a ideia de fazer uma ponte ou um túnel para ligar a Ilha às Canárias...


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

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