Estou convencido de não ser invejoso do bem dos outros, mas confesso que não me importaria estar nas condições daquele vice-presidente do bcp, que foi trabalhador na cgd e, sem saber como, apareceu vogal do conselho de administração dessa tal caixa donde saltou para a vice-presidência de tal banco, quase falido.
Não tenho grande apetência por esses tais cargos, principalmente nesta altura da vida, mas sabia-me às mil maravilhas qualquer coisinha daí resultante…
Um jornal diário de hoje dá ênfase a esse tal vice-presidente, não porque seja vice-presidente, mas porque é do PS e à pala disso lá exerce essa tal vice-presidência.
O jornal também não daria importância alguma a esse tal vice-presidente se não fosse do PS e não tivesse um chorudo ordenado base, que não desmerece, de certeza, ao jornalista que compõe a notícia.
Refere que o tal vice-presidente recebia duzentos e quarenta e não sei quantos mil euros por ano quando era vogal do conselho de administração da caixa geral de depósitos e que agora recebe qualquer coisa como quatrocentos e cinquenta e não sei quantos mil euros por ano enquanto vice-presidente do banco comercial português, explicitando o jornal, honra lhe seja feita, que apesar desta guita toda, representa menos de um quinto do que a anterior administração ganhava…aquela administração da opus…
Eu acredito piamente que esse tal vogal e agora vice-presidente merece todos os
cêntimos que ganha, pois que são produto do seu trabalho que nós simples mortais nem imaginamos a dificuldade: ser responsável de uma quantidade de coisas ao mais alto nível, ter sobre os seus ombros as árduas tarefas de gerir uma enorme quantidade de negócios de um banco meio falido, deve dar uma trabalheira danada de tal modo que o sono não poderá durar mais que três ou quatro horas por semana…
Nestas condições, quem não merece aqueles euros todos ao fim do mês, sem esquecer todos os restantes por conta dumas alcavalas que nós não temos a capacidade intelectual de entender…?
Contudo, eu acho que o problema não está nesse tal senhor que antes era vogal, sem saber como, e agora é vice-presidente, muito menos sabendo, pois estou convicto que como ele existe um bom número de outros senhores com o mesmo estatuto e recibo de vencimento ao fim do mês.
O problema, acho eu, está no facto de aquilo só ser para uns quantos e estes quantos não merecerem a décima (?) parte do bolo final, por uma simples razão de justiça popular, pois o que eles fazem muita gente é capaz de fazer e com muito menos custos.
Há muita gente por aí a esfregar as costas nas paredes da cidade que são perfeitamente capacitados para serem vogais e vice-presidentes de caixas e de bancos quase falidos, mas que não nasceram com o dito virado para a lua… o que apenas se lamenta, embora se entenda também que em questão de nascimento o pessoal não manda nada…não sendo tido nem achado, apenas esperando que o acontecimento decorra dentro da normalidade.
A graça de chorar e começar logo a mamar e nunca mais parar é só para uns quantos eleitos…
Já não há vergonha, porque ela era verde e o burro comeu-a…
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