27.5.08

O peditório

Se o presidente da associação das empresas petrolíferas (parece que apenas oito) começar a aparecer todos os dias nas televisões e nas rádios a "c…." postas de pescada será certo e sabido que um dia destes ainda vamos fazer um peditório para ajudar nas despesas das tais empresas.

E se não for um peditório será, pelo menos, o reconhecimento do importantíssimo papel social desenvolvido ao serviço da economia nacional, pois que sem elas voltaríamos à idade da pedra, mas sem pedra alguma para lascar…

Continuamos a ouvir o discurso da total transparência dos preços praticados pelas petrolíferas, mas também continuamos sem uma cabal explicação por parte de quem de direito ou de obrigação sobre o diferencial de subida entre o preço do petróleo e o preço da gasolina e do gasóleo, imputando tudo à especulação dos fundos de pensões para lavar a selvajaria praticada pelo capital…

Torna-se engraçado pensar que são os fundos de pensões os grandes responsáveis pelo aumento dos produtos petrolíferos, relegando para lugares secundários os fabulosos lucros das empresas petrolíferas, que começam, elas próprias a advogar a baixa dos impostos praticados na actividade.

Claro que os homens do Governo não serão assim tanto loucos ou até mesmo parvos e tontos para ir na conversa da baixa dos impostos, porque sabem muito bem que o resultado dessas baixas não seria reflectida no preço final dos produtos…

"Tá-se" mesmo a ver que o resultado dessas baixas iria direitinho para os cofres das empresas petrolíferas, pois encontrariam maneira de manter os preços e nunca cair na esparrela de os baixar, quando tinham à sua disposição mais uma boa maquia para o banquete servido de bandeja de platina e mesmo à mão de colher…

Se assim fora, porquê dar se podia ficar?

Nunca ninguém deu um porco em troca de um chouriço…

Apenas JC distribuiu vinho bom e apenas depois de o pessoal já estar meio passado com o vinho a martelo anteriormente servido… e foi o que se viu.


 

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