Há já algum tempo que não passo por aqui, embora tenha andado por aí, mas um tanto ou quanto baralhado, diga-se.
Olho para norte e vejo um aeroporto; olho para sul e vejo um aeroporto, olho para nascente e vejo um aeroporto, olho para poente e vejo um aeroporto…
Uns que é Ota, outros que é Montijo, outros que é Faias, outros que é Alcochete, outros que é Pinhal Novo, outros que é Poceirão, outros que é Alverca, outros que é Sintra e ainda outros que poderia ser Beja…
Olho para cima e vejo uma linha de alta velocidade, olho para baixo e vejo uma estação de uma linha de alta velocidade, olho para o meio de duas coisas e vejo uma linha de alta velocidade, olho para o lado e vejo uma ponte, olho para outro lado e vejo um túnel, olho para trás e vejo mais uma ponte…
Olho para todo o lado e não sou capaz de ver um "aeroportozito" em Avis, não consigo servir-me de uma rede de telecomunicações de jeito no interior do Alentejo, não consigo um sinal de televisão por cabo ou por telefone…
Mas sinto que este povo tem tanta gente inteligente, que um segundo é sempre mais inteligente que um primeiro…
Por outro lado, sinto que há tanta "cabeça" a perder-se nesta terra bendita, que é uma pena não se aproveitar dez por cento que seja de tanta inteligência…
O que importa é trazer uma solução para o aeroporto e para a alta velocidade mais barata que a do inteligente anterior.
Na verdade. não faz sentido comprar uma garrafa de vinho por um euro na loja de um amigo meu, quanto tenho à minha disposição o mesmo vinho por dez euros na loja de um tipo que não é meu amigo…, tem rótulo, tem nome e está logo ali…
Eu entendo que todas as hipóteses para instalar o novo aeroporto internacional da capital sejam mais baratas que a Ota, uma vez que só aqui existe um morro para tirar… e é muito longe, mas o que importa é tirar o morro que nunca sairá dali se não se fizer o aeroporto na Ota. Para isso, sem dúvida que fazê-lo na minha terra era bem mais barato, tanto mais que já ofereci o terreno totalmente "à borlix"… e na outra banda já não há morros para tirar… aquilo é tudo a direito…
Terá alguma piada para a engenharia do mundo fazer uma construção complicada num terreno sem obstáculos…??? !!!
Só agora percebi a razão fundamental do D. Sebastião se ter pirado: quando topou a natureza do país que herdou, rumou a África e nunca mais apareceu…
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