28.11.06

A chuva

Nos dias que correm, não tenho desculpas para não manchar uma página do “écran” do computador com umas quantas linhas: se não houvera motivos agradáveis, resta a chuva que continua a cair com intensidade. Amanhã vou estar mais atento aos noticiários para me informar dos locais inundados. Depois é só fazer um esforço para me lembrar de um ano com tanta chuva em tão pouco tempo…
Sem esperar pelas explicações dos entendidos, lembro-me de declarações de uma senhora sobre as cheias de uma ribeira que arrancaram literalmente um olival… Os entendidos não deixam limpar as ribeiras, os ribeiros, os ribeirinhos, os ribeirões… só a natureza o pode fazer… como faz nestas alturas…
Lembro-me de outras situações como a inundação de ruas, rebentamentos de esgotos, etc. e tal. Depois alguém vem dizer que as sarjetas deveriam ser limpas e que não se deveria construir no leito dos rios, das ribeiras.
É sempre a mesma rebaldaria: que não se faz isto, que não se faz aquilo, que assim, que a câmara assado e as inundações de Tomar por efeitos das cheias do Nabão acontecem sempre que o São Pedro fecha o guarda-chuva.
É uma tristeza…
Quando temos água, não queremos água; quando não temos, queremos.
Não é para admirar: nós somos mesmo assim. Mas limpar as sarjetas, isso não, limpar os leitos dos cursos de água, cruzes canhoto que vai abaixo uma árvore.
É certo que nos tempos que correm é mais importante conservar o matagal dos leitos dos cursos, do que preservar uma casa, normalmente de gente pobre.
E digam lá que não há inteligentes…!
Por mim continuo a dizer: que eu saiba a água ainda está muito longe to pico da serra…

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