7.2.24

O apelo

 Arrasador, abrasador, aterrador tem sido o tempo dos debates pré-campanha eleitoral para as legislativas de 10 de março.

Nunca pensei que as televisões tivessem todas uma bolsa de comentadores, de analistas e de jornalistas altamente qualificados para analisar, comentar e opinar sobre os debates entre os candidatos a ganharem as próximas eleições.

Estava longe de pensar a existência desta realidade, pelo que fiquei um tanto ou quanto desnorteado quando vejo que logo após o fim dos debates, que mais parecem ser uma entrevista com um jornalista a fazer perguntas nem sempre iguais a cada dos intervenientes e não um moderador sem desejo de ser o ás da festa, aí estão os comentadores, os analistas, os especialistas, os jornalistas/comentadores e os comentadores/jornalistas a debitarem tudo e mais alguma coisa sobre o que disseram os tais intervenientes e candidatos a primeiro ministro do próximo governo.

Umas vezes aparecem dois, vezes aparecem quatro e já estiveram presentes em número mais elevado e todos a dizerem o que já disseram noutros debates semelhantes.

E isto não acontece no canal que transmitiu o debate. Acontece em todos os canais generalistas em cabo ou sem cabo, sendo manifesta a abundância deste pessoal que tanta falta têm feito na composição de todos os governos, principalmente na composição deste último com maioria absoluta.

Já tenho pensado no que seria este País se tivesse um governo de maioria absoluta composto pela grande maioria destes comentadores, de analistas e de jornalista.

Esta situação não seria do agrado dos diretores nos canais de televisão porque se veriam privados de tanta ciência e de tanto conhecimento de todos os setores sociais, económicos e financeiros que diariamente demonstram nas análises feitas aos debates.

Em contrapartida ganhava esta terra e principalmente ganhava o povo ignorante quando tinha tanta dedicação e tantos conhecimentos na gestão da coisa pública, sem se preocupar pela hipótese de existir corrupção, economia paralela e má gestão e prática de injustiças de todo o género, sem listas de espera e sem cirurgias atrasadas e escolas sem professores...

Esta terra estaria ao abrigo de tanta porcaria que por aí anda, principalmente o desgoverno das escolas, dos serviços de saúde, dos transportes pública, da segurança de pessoas e bens, de salários de miséria, de pensões do terceiro mundo de privatizações calamitosas e aldabradas, enfim, de um sem número de coisas que nos são oferecidas por esta gente incompetente que nos continua a governar.

Por isso aqui fica o meu apelo: que o próximo primeiro ministro ao poder os comentadores, os analistas, os os jornalistas, os especialistas que todos os dias nos oferecem um verdadeiro espetáculo de ciência e de conhecimento nas suas análises aos debates pré campanha eleitoral.

 


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