Começou a campanha eleitoral para as eleições de dez de março, mas em contrapartida acabaram os debates entre os candidatos a primeiro ministro.
Não sei o que foi ou será melhor para o pessoal que pensa ir votar, mas para mim que nunca falhei uma votação, sem dúvida alguma que prefiro a campanha eleitoral porque, pelo menos, não terei de fazer o "sacrifício" de ouvir os científicos comentários daquelas enciclopédias de conhecimento sobre a política nacional.
Não é fácil fazer um rescaldo sobre os debates, mas tenho a certeza que me vejo privado da oportunidade de enriquecer desmesuradamente os meus conhecimentos sobre a política ouvindo todos aqueles cientistas feitos comentadores e alguns dos melhores jornalistas moderadores de debates entre políticos.
Diria que algumas coisas eu aprendi: pedir dignidade, verdade, respeitabilidade, seriedade, moralidade e algumas coisas mais aos candidatos, aos comentadores e aos entrevistadores/moderadores é coisa que está fora das minhas expetativas que esperava dos debates e ações consequentes.
Foi um ver se te havias sobre quem estaria menos comprometido pelo respeito do adversário, pelas suas ideias, pelas suas palavras, pelo seu direito de expressão, sem ser interrompido quer pelos seus colegas quer pelo próprio moderador que mais parecia um entrevistador com dois entrevistados em estúdios diferentes.
Honra seja feita aos representadores dos pequenos partidos, que tiveram um comportamento quase sempre exemplar no que respeita aos seus oponentes como ao moderador, respeitando quase sempre o seu tempo de intervenção, ao contrário do que aconteceu sistematicamente com os craques dos três maiores partidos e às vezes com o do quarto, que mais pareciam estar num taberna a jogar à sueca e não num debate político na presença de largos milhares de telespetadores.
Francamente não gostei e adianto que para mim e para muitos milhares de votantes foi a coisa inútil e de alguma maneira perniciosa por ter afastado alguns votantes pelo desagrado causado por algumas intervenções.
Digam-me lá para que serviu a maior parte do tempo dos debates que colocaram frente a frente os "concorrentes" quando o que disseram foi sistematicamente o mesmo em todos os debates?
Serviu para alguma coisa este modelo?
Talvez e apenas para dar voz a umas boas dezenas de comentadores que, certamente, não estiveram ali numa situação de "pro bono"..., embora alguns não merecessem nem um euro pelos lugares comuns proferidos que seriam acessíveis a qualquer votante mesmo que residindo lá nas profundezas do país interior profundo...
Não assisti à maioria dos debates e muito menos à enorme quantidade de comentários.
Mas fiquei cansado e arrependido do tempo gasto no processo...