Refugiado no alentejo profundo, dá a impressão que ando no melhor dos mundos.
Mesmo como uma deslocação a estremoz para tratar da manutenção da vida tudo parecia normal não fora ver algumas máscaras, umas quantas pessoas à espera de entrar no supermercado, cuja demora não ia além dos quinze minutos, estava longe de me saber no meio de uma tragédia humanitária, cujo fim não se vislumbra.
Diz-se por aí que as caravanas provenientes de espanha, da frança e da outra europa não param de entrar em portugal com destino ao alentejo.
O povo não para de se sentir atraiçoado por se permitir uma entrada anormal de pessoal em fuga da pandemia, parecendo-lhe que esta terra está protegida e nada haverá que altere este estado maravilhoso, que chama a atenção para o momento que se vive aqui.
Até que haja um caso de doença provocada pelo virus e depois dirão que "... afinal o alentejo também não resisitu... é a mesma porcaria COMO SEMPRE FOI".
Ainda não ouvi uma razão para explicar, ou pelo menos tentar, esta realidade, apesar de haver algumas ideias que podem justificar o estado das coisas quanto ao covid19 no alentejo.
Seria lógico que uma possível explicação seria próxima de alguns pensadores que por aí andam: esta terra é tão má e tão triste e tão desgraçada que até o virus não entra com ela...
Curiosamente ouvi na televisão uma explicação que deu vontade de rir a mim e a todos os alentejanos que a ouviram: eles são poucos e vivem lá nos montes longe uns dos outros e por isso têm pouco contacto social...
Uma maravilha... para uma comentadora de televisão...!!!
Merece ser nomeada "ministra da explicação sociológica" num governo do alentejo independente...
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