Nunca o senhor jogador pensou que bastavam uma monumental assobiadela, uns gestos ofensivos, uns apupos ensurdecedores, uns gestos duvidosos, uma cadeira pelo ar, uns protestos veementes e um abandono forçado para que uns quantos milhões de portugueses, através dos seus lídimos e eméritos representantes, se colocassem de joelhos, de cócoras e prostrados perante um novo deus que surgira numa noite frio lá para os lados do berço da nacionalidade.
Quando se disse que "...isto é uma caso de polícia..." e que "... ele também se portou mal..." a tragédia chegou ao plenário da assembleia da república, onde todos se auto chicotearam, lamentando profundamente as ofensas gravíssimas e ofensivas da dignidade de uma pessoa e nela de toda a humanidade.
Por se tratar de caso único nos anais do desporto universal estava à espera que alguém já tivesse apresentado uma recomendação ou uma petição pública para que fosse erigida uma estátua a colocar na torre de menagem do castelo do berço da nacionalidade e uma outra mesmo frente às escadarias do palácio de são bento para se dizer ao mundo inteiro que os portugueses se sentiam culpados e se penitenciavam para o resto dos tempos do "crime" cometido num campo de futebol...
As réplicas vão certamente continuar até que se verifique uma nova derrota do glorioso... ou até que as lágrimas consigam afogar a hipocrisia...