Começo a embirrar solenemente com estes sacripantas e pilantras incompetentes que continuam a fazer porcaria na governação cá do burgo.
Confessam que está fora de questão mais um aumento de impostos e depois atiram-nos com uma contribuição adicional, depois de nos terem oferecido uma contribuição de solidariedade, depois de um primeiro esbulho do valor das pensões.
Isto estaria pelas ruas da amargura se não se desse o caso de já terem o desplante e a pouca vergonha de ocultarem os valores desta tal contribuição adicional e muito menos esclarecer a quem se aplica e como se aplica.
Pensam estes tipos que basta fazer um olhar de carneiro mal morto, de apresentar um rosto todo pesaroso, fazer o discurso num tom suave e quente para que toda a gente fique a pensar que se trata de um verdadeiro sofrimento pelo que estão a fazer aos funcionários públicos e aos reformados e pensionistas.
Mas não vamos em conversa fiada e todos entendemos que estes trafulhas não sabem fazer outra coisa que não seja aumentar os impostos e as diversas contribuições impostas ou voluntárias para tentarem diminuir as despesas.
Nem este desiderato já conseguem, porque os cortes nos salários, complementos e pensões não se refletem na mesma proporção na diminuição da despesa, mais parecendo que estamos perante um fenómeno deveras interessante: alguém corta, alguém gasta, para desespero do gasparzito, que não é capaz de apresentar trabalho decente perante os seus patrões.
Estamos feitos num oito, porque esta cambada continua com o mesmo comportamento e com as mesmas políticas do primeiro dia na perseguição dos seus objetivos fundamentais: domar os funcionários públicos e arrasar com os serviços públicos, principalmente os que se relacionam ou que façam parte das funções sociais do Estado.
Ainda falta um bocado, mas tenhamos paciência porque, como diz o ditado, Roma e Pavia não se fizeram num dia e lá chegarão se lhes derem mais algum tempo.
Eles não desistem, porque estão impregnados de um tal espírito de missão que são incapazes de bater com as mãos na testa e admitir que alguma coisa está a correr de tal modo mal que já pouco resta para se chegar à tragédia.
Porque os argumentos já são muito poucos e não convencem ninguém, excetuando os próprios e os deles dependentes, tentam convencer-nos que seremos expulsos do euro a que se segue a bancarrota, e o fim da nacionalidade.
Até apetece lançar o desafio final: que nos expulsem do euro e que se declare a bancarrota…
Adorava ver a cara e a reação dos nossos credores…!!!
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