Começaram a surgir os nomes para os cargos ministeriais do próximo Governo, fenómeno recorrente após todas as eleições legislativas, considerando-se normal que a imprensa esteja presente em todas as movimentações de pessoas junto das sedes partidárias que vão responsabilizar-se pelo respetivo apoio parlamentar.
Apesar de não ter tido qualquer responsabilidade pela solução governativa encontrada, o meu maior desejo é que o novo Governo tenha força e capacidade suficientes e necessárias para enfrentar a situação económica e financeira da grande maioria dos portugueses, da grande maioria das empresas e de toda a estrutura do Estado, estando nós já preparados minimamente para o sofrimento...
Mas o que tenho ouvido e lido não me tranquiliza o suficiente para acreditar que vamos estar perante um Governo à medida dos desafios e das nossas necessidades.
Será que no PSD e no CDS não há gente que possa substituir com eficácia e eficiência o Fernando Nogueira?
Será que o Daniel Bessa é o homem mais adequado e mais apropriado para enfrentar os problemas e encontrar as soluções para a economia portuguesa?
Será que a fantástica pasta das Finanças vai ficar entregue ao Catroga?
É que estes homens já lá estiveram há uma eternidade e, entretanto, não apareceu mais ninguém que seja capaz de desempenhar um papel tão bom ou melhor que o desempenhado por estes durante o seu reinado, admitindo que desempenharam um bom papel...?
Eu sei que as circunstâncias mudaram e não era assim tão complicado ser ministro do que quer que fosse no tempo das vacas gordas como foram aqueles tempos, mas será que agora em que as vacas estão totalmente mirradas e só se veem os ossos estaremos perante os melhores?
Ou será que estes são os melhores de entre os disponíveis porque os melhores existentes não estão disponíveis?
Que é feito daqueles craques todos, grandes gestores de largos milhares de euros ou aqueles grandes académicos com o discurso bem afiado e na ponta da língua? Vão continuar a contemplar o pagode e só os teremos presente quando se dignarem dizer que "...é preciso..."?
Na hora da verdade a disponibilidade para o serviço público (?) como é o lugar de um ministro não é para toda a gente, principalmente para aquela gente que não está para aturar os desvarios do povo que continua a querer viver cada vez melhor e não entende para que são tantos sacrifícios que nos vão prometendo...
Quem é que estando no seu perfeito juízo vai querer ganhar uma miséria de ordenado ao fim de cada mês quando nos lugares que agora ocupam e nas funções que desempenham têm ao seu dispor uma conta bancária e mais umas quantas mordomias como não existem em qualquer país bem capitalista e desenvolvido, beneficiando ainda da circunstância de terem oportunidade de mandar de vez em quando umas bocas, mesmo que sejam foleiras ou acertadas?
Os temores aparecem sempre quando menos esperamos...
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