Tenho andado um bocado distraído com esta coisa da política, dando a impressão que a situação está longe das circunstâncias de uma pré campanha eleitoral, quando todos estão preparados para o tiro de partida.
Bem vistas as coisas não se vai notar que haja um tiro de partida com o início da campanha eleitoral, uma vez que desde a demissão do governo mais não houve que campanha eleitoral, excetuando uns dias em que se falou muito da troika, das suas diligências e depois do seu memorando.
E mesmo aqui notou-se que os principais partidos ou, se preferirem, os partidos com mais votantes, não perderam uma oportunidade para dizerem que eles eram os que reuniam mais condições para serem governo e salvar o país de cair no abismo, salvar-se da bancarrota, dar uns passos para sair do buraco e mais coisas quejandas.
Tenho deixado passar ou tenho passado ao lado de muita coisa que vai acontecendo no dia-a-dia da política sem umas breves palavras que fossem para recordar e nada mais.
Não vou deixar no esquecimento um "debate" eleitoral dos partidos fora da área do poder legislativo ocorrido ontem: foi uma delícia ouvir aquele pessoal, que raramente tem acesso às televisões, a não ser quando acontece alguma chatice, incluindo manifestações ou greves ou boicotes de qualquer coisa.
É impossível que os ouvintes e telespetadores atentos não concordem com quase tudo aquilo que é dito, salvo o discurso pseudo-revolucionário do Garcia Pereira que, tal qual o Jerónimo de Sousa, continua a dizer a mesma coisa há mais trinta anos sem que haja uma alteração mesmo que seja superficial na análise da situação política.
Ninguém com um pouco de bom senso não pode deixar de considerar que estes dirigentes políticos seriam os mais indicados para estarem à frente dos destinos do País tão agradável de ouvir é o seu discurso, salvo aquele que declarou abertamente não pretender ser governo nem estar ali pelo poder mas apenas e só para dizer que os seres vivos são o fundamental da vida.
Só que e infelizmente qualquer destes sete ou oito partidos não vão ter hipótese de eleger um único deputado para pelo menos manter acordados uma grande maioria de outros deputados naquelas sessões doidas do parlamento...à semelhança daqueles tempos áureos de um deputado da UDP... do qual temos saudades.
Esqueci-me de dizer que ouvi e vi no momento aquela tirada do Catroga, que, deixem-me dizê-lo em português vernáculo, estava certamente com os copos...
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