1.4.11

Cinco de junho

Prontos!!!

Está decidido: o PR aceitou a demissão do PM, demitiu o Governo, dissolveu a AR e marcou eleições legislativas para o dia cinco de junho próximo.

E tudo isto no espaço de uma semana mal contada, o que deverá ter representado um enorme esforço e uma grande estafa, mas o dever e a obrigação assim o determina.

De toda a comunicação o que eu achei mais interessante, mesmo que não pareça a muito boa gente, que preferia que o PR tivesse procurado alternativas e dissesse mais qualquer coisinha que acalmasse os portugueses, foi aquele argumento de ter marcado para o dia cinco de junho e não para o dia vinte e nove de maio, como a urgência e a gravidade da situação aconselharia.

Com menos oito dias os partidos concorrentes não deveriam ter o tempo suficiente para preparar as listas de candidatos e preparar convenientemente os programas eleitorais, porque em oito dias muita coisa se pode fazer de verdadeira utilidade para o POVO, como seja atrasar mais oito dias as desgraças que se avizinham...

Trocava eu algumas impressões com alguns amigos durante o almoço e falou-se sobre o papel do PR em todo este processo havendo a ideia de que deveria ter forçado os partidos políticos a um entendimento nas medidas a adotar sem prejuízo dos seus ideários e só em última análise decidir-se por eleições legislativas.

Nós ainda acreditamos na boa-fé desta gente toda, mas eu tive o cuidado de dizer que estamos numa democracia, que ditadores já não temos graças à democracia, que não podia ser assim por causa da democracia e que este presidente não é nem nunca será como o anterior presidente, que, apesar do seu discurso redondo, não deixou de cortar a direito.

É o que temos.

Agora anda tudo sem saber o que fazer e como fazer, esperando-se que não haja, entretanto, um terramoto de tremor de terra que ponha juízo na cabeça desta gente que nos governa e que nos quer governar...

PS. Um amigo meu mandou para a minha caixa de correio eletrónico um texto assinado por Miguel Sousa Tavares relatando uma conversa com uma espanhola enquanto percorriam a A6. Também o MST tem direito a uma masturbação intelectual e a uma ironia galhofeira só possível como essa tal espanhola que não sabia bem no mundo em que se movimentava.

Mas digam-me lá de que ponto da A6 se vê ou se avista o grande lago da barragem do Alqueva...???

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