Já apresentava uma certa nostalgia devida à ausência dos toques nas letras do teclado da minha máquina, o que se ficou a dever a um irritável contratempo no sistema operativo só resolvido depois de ter falado com 12 (doze) pessoas de diversos serviços da empresa que ficou em quarto lugar no lista das melhores empresas para trabalhar…, segundo notícias de uma revista lá dos "states", pelo que deve haver alguma reserva da sua veracidade…; lembrem-se da crise…
Mas agora que tudo está a funcionar com normalidade até ao próximo episódio, esperando eu que não seja necessário contactar com os robots dos serviços de apoio ao cliente que podem estar "no cu de judas", já não tenho razões que justifiquem a minha ausência, ou melhor, a ausência da minha vontade nestas páginas, que têm pelo menos o mérito de me fazerem sentir que ainda existe capacidade de pensamento…
Dei comigo a matutar que todos e imensos problemas da Faixa de Gaza já estavam resolvidos, uma vez que a imprensa portuguesa, a escrita e a falada e até a "pensada", não abordava o assunto há já algum tempo.
Certamente que não havia matéria suficientemente importante e relevante a acontecer no Médio Oriente a merecer a atenção da nossa imprensa, sempre atenta ao que vai acontecendo pelo mundo fora e seus arredores.
Comecei a ficar preocupado por tal situação e nem queria acreditar que aquele pessoal já tinha celebrado o cessar-fogo, já tinha reconstruído tudo o que foi destruído, já toda a gente comia e trabalhava (?) com normalidade e que as bombas, os aviões, os tanques, os helicópteros já não faziam barulho e tudo e todos gozavam da paz, do descanso e da tranquilidade…
Se a nossa imprensa e os nossos jornalistas não dedicavam tempo que se sentisse ao que se passava lá no Médio Oriente, mais precisamente em Israel e em Gaza era, com certeza absoluta, devido ao facto simples e corriqueiro de ali já nada acontecer com poder significativo para ser "notícia". Isto é, parece que as mortes ali verificadas já não eram um número suficiente para merecerem a atenção da imprensa portuguesa.
Mas de repente lembrei-me que em Portugal tinham ocorrido três acontecimentos aos quais era dedicado todo o tempo e espaço disponível nos nossos órgãos de "informação", falada, escrita e audiovisual, a saber, por ordem crescente de importância e de contributo para a resolução da crise nacional:
- A "gafe" do novo Presidente dos USA na sua tomada de posse;
- A chuva, a neve, o frio e as desgraças nas estradas cá do burgo;
- O caso "freeport" e o envolvimento do nosso Primeiro.
Entendi tudo…
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