28.1.09

Jogo sujo

Achei o Professor um tanto tenso e um pouco nervoso quando ontem era entrevistado num canal de televisão.

Mas, como sempre, foi ele mesmo com a clarividência do seu discurso e do seu raciocínio, que deveria ter deixado de boca ao lado muitos dos políticos e comentadores que por aí abundam.

Em toda esta questão com que agora, como há quatro anos, têm vindo a brindar o PM, não houve jornalistas que tivessem expressado com clareza e sem subterfúgios o processo de aprovação do tal decreto-lei que querem fazer crer ser a chave de todos os problemas relacionados com aquela coisa lá da outra banda, mas que, na realidade, pouco ou nada importa para o tal processo.

O Professor veio demonstrar que a grande maioria dos jornalistas que por tudo e por nada "chateiam" o Primeiro pouco entendem e pouco percebem do que realmente aconteceu com o licenciamento daquele espaço comercial.

Mas, diga-se de passagem, que para esses tais pouco importa que o licenciamento tenha sido legal e dado em obediência às normas legais aplicáveis naquele data, porque o que verdadeiramente importa é pisar os calos ao Primeiro, até que ele se declare dorido dos pés, havendo necessidade de descalçar os sapatos.

O que mais me tem impressionado em toda esta situação é ver o descaramento de algumas perguntas que se fazem nos mais diversos e esquistos locais por onde passa o Primeiro no exercício das suas funções.

Já se chegou ao ponto de uma pergunta "tem-se dado ultimamente com a sua família", como se almoçar ou jantar ou tomar o pequeno almoço ou beber uns copos e uns cafés e até umas aguardentes velhas, para não falar daquela bebida lá das ilhas do norte da Europa, fosse coisa de todos os dias, ou de todas as semanas e até de todos os meses…

Gostei de ouvir os esclarecimentos do Professor tanto mais que alguns deles se relacionavam com matérias que eu desconhecia.

Muitos de nós que não temos grandes preocupações com a crise, porque não perdemos as nossas fortunas em jogos de azar muito próprios dos capitalistas com dinheiro, também reconhecemos que nem o Primeiro já ganhou as próximas eleições nem os outros as perderam, pelo que as justificações para o que está a acontecer com o tal "freeport", como aconteceu há cerca de quatro anos, podem ser tidas como jogo sujo, sem qualquer tipo de dignidade pessoal e de ética social…

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