É conhecida a minha aversão pelos programas televisivos de discussão política, pelas leituras noticiosas de desastres e misérias do mundo e até por aquelas coisas que dizem ser de ouvir a opinião pública enquanto se vê no ecrã um convidado ou o respectivo (a) jornalista a decorar o cenário.
Assim, raramente dedico parcelas do meu tempo a ver e ouvir essas coisas.
Mas hoje, após um almoço de carapaus pequenos, grelhados por quem sabe da poda, regado com um vinho branco da região do Douro, razoavelmente gelado, acabado com um bom café e um digestivo de malt bem velho, a inércia foi mais forte que eu e vi-me na frente do televisor ligado para o debate quinzenal na AR, sem vontade alguma de accionar o telecomando para o indispensável passeio pelos canais do Belmiro.
Foram cerca de quarenta e cinco minutos da mais pura dedicação e atenção ao debate político entre os líderes parlamentares dos diversos partidos representados e o Primeiro.
Já me tinham contado que estes debates, no anterior formato, eram uma seca e que o Primeiro passava tudo com uma borracha bem lisa, de tal modo que o pessoal nem sabia onde se esconder, apesar da balbúrdia.
Se assim era, desta vez foi mais do mesmo.
Na generalidade, a minha atitude perante estes debates saiu reforçada pelo que não conto tão breve envolver outro bocado do meu tempo a ver e ouvir este tipo de discussão.
Tenho para mim que nada aprendo e só a perspectiva de algum divertimento perante o espectáculo é que valerá a pena ser espectador.
Contudo, há quem goste e eu não sou ninguém para me atrever a criticar quem quer que seja que goste destes espectáculos gratuitos…
Mas voto naquela de considerar melhor qualquer jogo de futebol da liga portuguesa…