22.6.07

O rosto do sofrimento

Fiquei altamente preocupado pela cara de sofrimento da Arquitecta a propósito das dificuldades e obstáculos que os deficientes de todas as deficiências, os velhos, as velhas, as crianças, os idosos, as idosas e todas as pessoas enfrentam e são obrigadas a ultrapassar sempre que se aventuram a deambular pelas ruas da Capital.

A Arquitecta mostrava um aspecto tão pesaroso e tão carregado pelo sofrimento alheio, que nos fazia esquecer que grande parte da responsabilidade dessas dificuldades e desses obstáculos têm origem na elevadíssima qualidade dos projectos feitos e ou assinados pelos seus distintos colegas de profissão com o conhecimento total da respectiva Ordem…

Mas é suficiente para nós ver a emotividade estampada no rosto da candidata pelo que se passa nas ruas de Lisboa, como se o conhecimento da desgraça já fosse meia vitória para o candidato…

Por isso, aqui fica o meu registo da sensibilidade da candidata, pois que todos os outros ainda não falaram desta matéria, certamente considerada de somenos importância, não fora outros voos bem mais elevados, como sejam as discussões sobre os aeroportos da capital, bem como as estações do tgv…

Perante tais problemas, deve reconhecer-se que, pensar ou mostrar qualquer preocupação pelas dificuldades da circulação de peões pelas ruas de Lisboa é não andar com os pés bem assentes na terra ou considerar que problema bem mais grave é o estacionamento dos carros nas curvas, nos passeios, nas passadeiras, ou os sinais de trânsito a dificultarem a passagem de todos os transeuntes, independentemente das suas deficiências.

Mas quem pode pensar que a responsabilidade e a culpa é do Presidente, dos Vereadores e dos Directores e demais chefes e nunca de arquitectos e de engenheiros…

Nós sabemos que não é bem assim, mesmo que a Arquitecta não diga nada sobre a matéria.

E vai continuar a falar da mesma maneira, pelo simples facto de não ser eleita Presidente no próximo dia quinze do sete, ficando todo o pessoal esperando a sua eleição como vereadora para que a Cidade tenha alguma hipótese de se virar de cabeça para o ar, aguardando eu, em particular, que tudo isso não seja à custa de pelo menos mais dez assessores…

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