29.9.05

O Preço

Ainda uma nota sobre os medicamentos.

Quem me poderá explicar o que se passa com o preço dos medicamentos?

Ouço o ministro e não entendo; ouço o patrão das farmácias e não acredito.

Se temos os preços mais caros da EU, terá que haver uma razão para tal, mas qual?

Será que o Governo garante uma determinada margem de lucro à indústria e à comercialização? Em que actividade económica se verifica situação semelhante?

Será que os consumidores de medicamentos, normalmente por necessidade, não têm o direito de serem esclarecidos sobre esta realidade e serem poupados ao lamentável espectáculo, que nos é dado pelo ministro e pelo patrão das farmácias?

Tenham pena de nós, consumidores de medicamentos contra a nossa vontade!!!

Monopólio?

Ontem, o canal público de televisão dedicou um serão ao medicamento.

O ponto fundamental era saber se os medicamentos ficaram mais baratos ou mais caros.

Não vi e não ouvir todo o programa, porque já não tenho paciência para o discurso político e para o discurso demagógico.

Como não podia deixar de ser, estava presente o inefável presidente da estrutura associativa das farmácias e o ministro arrogante que tudo sabe.

Ao fim e ao cabo, ainda era possível tirar uma conclusão sobre o problema: os direitos dos consumidores de medicamentos são assegurados não pelo Estado, mas, imagine-se…!!!, pelas farmácias e pela respectiva associação.

O homem apresenta-se com esta cara de pau, desde que lembro.., talvez desde o final da década de setenta. É, nem mais nem menos, o defensor dos oprimidos, dos desgraçados e também dos doentes que consomem medicamentos.

Diga-se, muito caros, porque o ministro mantém os preços de referência.

Continuo a esperar por um Governo que seja capaz de quebrar a espinha à estrutura associativa das farmácias, tomando uma única medida: permitir que qualquer pessoa, particular ou colectiva, possa abrir uma farmácia na rua ou no beco, que muito bem entender.

Afinal, onde está a economia de mercado?

O que é preciso acontecer, para que isto seja considerado um monopólio? (JBF-270905)



Porquê

Não entende a insistência de alguns jornalistas na aplicação de sanções disciplinares a Manuel Alegre por se candidatar a Presidente da República, quando o seu partido já declarou apoio a outro candidato.

Já foi dito, por diversas vezes, que nestas circunstâncias não há lugar a sanções de qualquer espécie.

Porquê a insistência? Falta de imaginação? Fixação no candidato?, Criar dificuldades ao tal partido? Ainda merece isso por parte da comunicação social.

Há tanta coisa por aí a justificar umas imagens, umas linhas, uns sons, mas o importante parece ser a inépcia dos socialistas na aplicação de sanções disciplinares ao candidato.

Já agora, que sanção sugerem? (JBF-260905)

É Fartar...

Ontem, os militares e respectivas, hoje os agentes de autoridade de todos os tipos, amanhã os homens da justiça!!!

Não me tinha ocorrido… Mas como é possível haver greve dos homens que exercem o poder judicial?

Que se lembrem os deputados de fazer a mesma coisa…

Que se lembre o Presidente da República de fazer greve também!!!

Entraríamos no sistema do anarquismo puro. Talvez até fosse uma coisa boa.

Não nos vamos esquecer… mais uns dias e teremos os enfermeiros, depois os médicos e de seguida os professores…

Quem restará na AP para fazer greve? (JBF-230905)

28.9.05

Claro!!!

Nunca tinha visto tantos juntos, muito embora à civil e mereceram uns tantos segundos nas tvs.

Espero que apareçam, onde e quando fizerem falta.

Mas o acontecimento ocorre mais lá para o norte, onde em pouco mais de vinte quatro horas a campanha apareceu na rua. Assim é que se trabalha ou se prevê ou se planeia, como vos aprouver.

É ver os cara de pau!!!

No dia dez do mês que há-de vir, haverá uma oportunidade para uma grande gargalhada. (JBF-220905)

A Histeria

A mulher chegou, a bomba explodiu e a histeria nasceu. O Governo foi à Assembleia da República, mas o que tem o povo a ver com isso? Os militares e ou respectivas fizeram uma manifestação? E depois…? O furacão tomava a direcção de Felgueiras, pelo que importava a tomada de posições. Os dispositivos adequados instalaram-se no aeroporto, na rua da PJ, na A1, em Felgueiras, no Tribunal de Felgueiras, nas ruas de Felgueiras, nos cafés de Felgueiras… Ouviram-se as perguntas do tipo “como se sente depois do regresso da mulher”, ou “está contra ou a favor”. Pelo menos durante as próximas quarenta e oito horas a histeria dos microfones, dos microfones e das câmaras, das esferográficas, dos gravadores e dos telemóveis vai encher os nossos dias. Melhor do que isto? Só a vitória… (JBF-210905)

Ainda não jantei

Uma criança que brinca...

Uma campainha que toca...

Mas... ainda não jantei!!!

Não. Não é nada disso...
São os teus pais, que chegam.
Hoje, jantamos todos juntos.
(JBF-20092005)